A obra “O Suplício do Papai Noel”, do antropólogo francês Claude Lévi-Strauss, nos faz um relato de como teria surgido a figura do bom velhinho na cultura ocidental. Se hoje ele é tido como amoroso e misericordioso, para alguns povos, séculos atrás, poderia ser representado por um demônio que vinha castigar as crianças más.
Nós, cristãos ocidentais, celebramos o Natal já há alguns séculos, e assim vamos vivendo a nossa vida. Sendo uma entidade divina ou infernal, o fato é que quem não está nada satisfeito com o velhinho barbudo é o senador Anibal Diniz (PT).
Deixado de lado pelo Palácio Rio Branco, ele se vê sozinho em sua luta para obter apoio dentro do governo e do próprio partido para sua candidatura de reeleição –se assim podemos denominar, por em 2006 os votos terem sido dados a Tião Viana (PT).
E é este mesmo Tião Viana que agora passa a escrever a obra “O Suplício de Anibal Diniz”. O hoje governador não quer saber de apoiar o colega petista. Já percebendo o peso que será carregar Anibal em 2014, Viana preferiu ter como sua candidata ao Senado a carismática e popular Perpétua Almeida (PCdoB), líder nas pesquisas de intenção de voto.
Tião sabe que sua campanha para a reeleição não será fácil; ter que carregar alguém sem a mínima aceitação popular seria um tiro no pé. O governador levou em conta o efeito “Pesado Magalhães”, uma referência à candidatura de Edvaldo Magalhães (PCdoB), marido de Perpétua, em 2010 ao Senado, que por muito pouco não rendeu as duas cadeiras em disputa à oposição.
Anibal Diniz começa a reclamar de falta de democracia dentro do PT por ter sido preterido sem uma consulta à base. Ele que anos atrás mandava e desmandava aos berros nas reuniões da Executiva petista, agora reclama de ações antidemocráticas. (Alguns chegam a afirmar que o senador entrava nas reuniões olhando para o teto).
Anibal Diniz clama por democracia, justo ele que, quando secretário de Comunicação de Jorge Viana (PT), implantou um verdadeiro estado de censura na imprensa acreana. A decisão de escolher Perpétua Almeida é única e exclusivamente do governador Tião Viana. Ao resto do PT cabe tão somente segui-la.
Hoje Tião Viana é o principal líder do PT. A vitória de Ermício Sena e sua tendência Democracia Radical (DR) é atribuída ao governador, que mobilizou toda a estrutura governamental para evitar a vitória de Sibá Machado e suas tendências mais à esquerda.
Anibal Diniz se vê abandonado dentro do PT, pois não tem o apoio da DR –que precisa se manter fiel ao governador – e tão pouco dos sibanistas por ainda carregarem mágoas deixadas na disputa eleitoral de novembro, onde Anibal se empenhou ao máximo para eleger Ermício.
A Anibal cabe apelar a Jorge Viana (PT), mas este também não tem a mesma influência de outrora em sua legenda, com o irmão Tião dominando tudo. O senador tenta manter os últimos suspiros em sua luta pela reeleição, mas pelo navegar do batelão ele precisará se conformar com os quatro anos de Senado deixado a ele por Tião Viana, e buscar uma saída honrosa deste processo.
*Fábio Pontes escreve no blog Política na Floresta
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