O senador Aníbal Diniz ainda não engoliu a informação repercutida na mídia acreana, durante o último final de semana, de que a deputada federal Perpétua Almeida (PC do B) será a candidata da FPA ao Senado.
Durante participação nesta quinta-feira, no Gazeta Entrevista (TV Gazeta/ Rede Record), visivelmente irritado, o senador se disse “humilhado” por conta das notícias que circulam dentro da FPA de que seu nome teria sido preterido.
Segundo ele, o Partido dos Trabalhadores decidiu publicamente por sua pré-candidatura e seria um desrespeito a essa altura a retirada de seu nome.
“Quando o partido decide por um candidato, eu passo a cumprir uma agenda. Eu passo a visitar pessoas, eu passo a visitar lideranças, eu passo a visitar pastores, líderes religiosos, eu passo a visitar comunidades e segmentos sociais para fazer essa conversa. Imagine só eu cumprindo essa agenda e vem uma notícia no jornal assim: não é mais, porque tá decidido que a candidata ao Senado já foi acertado que o PT vai apoiar a Perpétua. Como que isso aconteceu se nós temos uma deliberação pública do Partido dos Trabalhadores me dando autonomia, autoridade para procurar construir junto com os partidos essa candidatura? Seria humilhante! É humilhante! O que aconteceu foi uma humilhação! Para uma pessoa que provoca uma humilhação num senador da República, a um senador que só contribui para o projeto, eu não posso ter um tratamento ameno. Não se trata apenar de um pedidozinho de desculpas. Ah porque teve conversa! Conversa? Conversa tem que ser dentro das instancias do Partido dos Trabalhadores! Temos que tomar uma deliberação! Para saber o que pensam os dirigentes do Partido dos Trabalhadores”, desabafou Aníbal.
O senador deixou claro durante a entrevista o clima de animosidade entre PT e PC do B, que segundo ele tem vários “arranhões na base”.
“Me senti muito constrangido e quero externar isso para a sociedade. Se o Carioca, por exemplo, defende que o PT deve se coligar com o PC do B para apoiar a Perpétua, que ele venha pra dentro do Partido dos Trabalhadores defender essa tese. Eu tenho uma tese contrária. Eu tenho a tese de que nós devemos ter candidato ao Senado, exatamente porque eu sei o tamanho dos arranhões que existem entre PT e PC do B na base”, completou.
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