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Posseiros da invasão Porto Luiz acampam na sede do Incra em busca de solução

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Venicios

Pelo menos 17 famílias, das 144 que moravam na invasão Porto Luiz, localizada as margens da BR-364, Km 100, no município de Acrelândia estão acampados na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agraria (Incra) em busca de uma solução para o conflito que acontece no local.



Os posseiros foram expulsos das terras há cerca de quatro meses e passaram a morar as margens da estrada. Na última quinta-feira (19) eles decidiram acampar na sede do órgão na tentativa de sensibilizar as autoridades estaduais e federais para uma solução definitiva para o impasse.


Os posseiros afirmam que foram abandonados pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), já que foram levados para o local pela atual presidente da instituição, Rosana Nascimento.



“Fomos levados na madrugada pela Rosana Nascimento que garantiu que as terras já eram nossas, dias depois ela veio com um monte de papel para assinarmos afirmando que se não construíssemos casas seriamos expulsos e os lotes seria repassado para outros posseiros. Na manhã de hoje ele veio novamente na sede do Incra nos ameaçar, dizendo que teríamos que voltar para as terras, mas de lá nos fomos expulsos pela polícia e por funcionários de uma fazenda”, denunciou a posseira Maria das Dores Tavares de Souza.


Os posseiros denunciam ainda que Rosana Nascimento está induzindo as famílias a descumprirem a determinação judicial de reintegração de posse mandando as famílias invadirem novamente as terras.


Na manhã desta quinta-feira (26), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) esteve no local e se comprometeu em acompanhar o caso dos posseiros. De acordo com o vice-presidente da entidade José Janes, os conflitos de terras no Acre vem se arrastando desde a década de 70 quando a ocupação da zona rural do Estado foi incentivada pelo Governo de Wanderley Dantas.



“Na década de 70 começou a ocupação das terras incentivada pelo governo Wanderley Dantas, hoje o problema continua e ninguém toma uma solução, como é que o governo do Estado comemora o aniversário de morte de Chico Mendes, mas o homem do campo, os povos da florestas vem sofrendo com a discriminação dos poderosos. São pais de famílias com as mãos calejadas que estão pedindo socorro e um pedaço de terra”, afirma o sindicalista.


Os posseiros acampados na sede do Incra estão sofrendo com as chuvas e tendo que conviver com ratos e baratas. “Estamos dormindo ao relento e tomando água da torneira”, disse Denise Ferreira.


O grupo prometeu que se uma solução não for tomada até o final desta quinta-feira (26), eles irão radicalizar, primeiramente irão fechar a rua Santa Inês, em frente ao Incra e posteriormente a Avenida Brasil, frente a Casa Rosada, sede do Governo do Acre, onde irão ficar acampados por tempo indeterminado.


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