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Mulher morre após dar à luz e família alega negligência médica

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Venicios

Maria José Coelho de Souza, 24 anos, morreu após dar à luz o segundo filho na Maternidade de Cruzeiro do Sul. A jovem teve complicações após o parto e a família alega que houve negligência médica.


Antônio Gomes da Silva, 23 anos, pai da criança, diz que a esposa deu entrada na unidade no dia 07 de novembro sentindo fortes dores e sem dilatação, mas somente no dia seguinte, o parto foi realizado.


“Eu pedi para o médico fazer uma cesariana nela e eles disseram que não é dessa forma que se faz cirurgia não. E ela já tinha toda recomendação do médico que tinha saído de plantão dizendo que deveria ser operada”, relatou o viúvo.


O bebê nasceu com 4.990 kg, e segundo a família, exames de ultrassonografia realizados durante o acompanhamento pré-natal já indicavam a necessidade do procedimento cirúrgico, mesmo assim os médicos forçaram o parto normal.


“Eles amarraram um lençol em cima da barriga dela e começaram a puxar, forçando a saída do bebê. Passaram até óleo para deslizar a cabeça mais fácil. Eles arrancaram mesmo a criança. Com todo esse esforço, todos os órgãos dela ficaram comprometidos. Depois que tiraram a criança ela ainda passou duas horas deitada na cama e sem forças, não fizeram nada por ela”, conta Maria.


Após o nascimento da criança a jovem teve hemorragia e foi submetida a uma cirurgia para retirada de parte do útero, e no mesmo dia, foi entubada e encaminhada para UTI do Hospital do Juruá, onde passou uma semana. Após esse período, a paciente foi transferida para Rio Branco, onde morreu no dia 29 de novembro, em decorrência de infecção generalizada.


“Em Rio Branco disseram que o que fizeram com minha esposa aqui foi um assassinato”, relatou o marido. “Arrancaram o nosso filho de dentro dela, ela não tinha condições de ter um parto normal”, completou.


Direção da Maternidade nega acusações


Segundo a diretora da Maternidade, Fabiana Ricardo, Maria Jose foi atendida pela equipe de Rio Branco e teve uma complicação após o parto. Ela explicou que o útero não contraiu, por isso, o motivo da hemorragia.


A diretora afirma que foi dada toda assistência e que durante a cirurgia a jovem teve uma parada cardíaca. Ainda segundo ela, no prontuário da paciente não constava necessidade de realização de cesariana.


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