Os produtores do Ramal Chapada, localizado na Vila Custódio Freire, em Rio Branco, estão reclamando da falta de manutenção na estrada que abriga 30 famílias e que segundo o senhor Francisco Batista “há trinta anos não sabe o que é receber uma máquina para recuperação”, disse o morador da região.
A reclamação é confirmada pelo presidente da Associação de Moradores, Eliziário Dantas. Ele conta que a estrada vicinal tem praticamente a idade da Vila, “uns 50 anos”. Dantas confirmou que a reivindicação dos produtores é antiga e apresentou um relatório de fotografias enviado para o Deracre e a Secretaria de Articulação Comunitária do prefeito Marcus Viana.
“Aqui o histórico de conquistas é grande, conseguimos aquilo que é de direito na Constituição de forma muito dificultosa”, disse o presidente de bairro se lembrando da luta pela água para a comunidade.
Dantas lembra que quando um avião da empresa Rico Linhas Aéreas caiu no ramal, os carros de resgate tiveram dificuldades de entrar no local para salvar as vitimas do acidente. “E nem assim as autoridades se alertaram para a necessidade de arrumar a estrada.
Ainda de acordo os produtores, para escoar o seu produto, principalmente o leite, os moradores estão utilizando carroças de boi que transportam os produtos até as margens da BR 364. Outra dificuldade apresentada é com relação ao transporte das crianças para a escola. Com atoleiros que se formam com a chegada do inverno, os pais temem que os filhos percam o ano letivo.
“A dificuldade é grande, estamos cansados de ouvir promessas e de nada acontecer pela nossa comunidade”, reclamou Dantas.
RAMAIS DO POVO
Mas nem tudo é reclamação na região da Custódio Freire. Amanhã o ramal Castanheta, outra vicinal antiga, começa a receber pavimentação asfáltica na extensão de 2,6 km. Segundo o presidente de bairro, o Ramal Aquiles Peré já recebeu a massa asfáltica.
“Entendemos que nem tudo pode ser feito de uma vez e acreditamos que ainda este ano, mesmo com o inverno, o governo ou a prefeitura vai atender a comunidade da Chapada uma vez que outros ramais vêm contando com a atenção do estado”, disse Dantas.
O OUTRO LADO:
A reportagem tentou entrar em contato com o secretário de articulação comunitária do prefeito Marcus Viana, mas o telefone informado *98* 985* estava na caixa de mensagem. No Deracre o responsável pelo setor não foi encontrado para falar sobre o assunto.
