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PV lança pré-candidatura, abandona a FPA e engrossa o tom crítico ao governo

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“O que está aí não é democracia. Não queremos exercer domínio na Aleac, não queremos subjugar poderes. O que queremos é um governo para todos”, diz Henrique Afonso


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O Partido Verde (PV) oficializou na manhã desta sexta-feira (22) o ingresso na oposição à administração do governador Sebastião Viana (PT). Depois de anos de fidelidade ao projeto capitaneado pelo PT, a presidente do PV, Shirley Torres declarou independência, lançando a pré-candidatura de Henrique Afonso ao governo do Acre e anunciando uma aliança com a oposição.


O deputado federal e pré-candidato Henrique Afonso também elevou o tom crítico à Frente Popular. Ao lado de líderes de partido de oposição, Afonso classificou os governos petistas de “culto ao personalismo e projeto de eternização do poder”. Ele exaltou ainda a necessidade de alternância de poder, afirmando que quer governar o Acre apenas por quatro anos.


O pré-candidato do PV declarou que a aliança com Sérgio Petecão e Tião Bocalom estaria avançada, mas deixou evidente nas entrelinhas que não vai aceitar imposição para retirar sua pré-candidatura para apoiar Petecão ou Bocalom. “Estamos fazendo uma composição que representa a quebra de paradigmas. O novo está chegando e o novo sempre vem”, destaca Henrique Afonso.


A presidente Shirley Torres também fez críticas à FPA. A líder partidária destacou que a saída do PV da coligação seria para promover o crescimento de seu partido e ampliar a participação do PV nas decisões políticas no Acre. Ela chegou a revelar debates internos acalorados, onde militantes e filiados exigiram que o PV cortasse o cordão umbilical com o PT.


Os novos aliados do mais novo dissidente da FPA também fizeram declarações polêmicas. O pré-candidato Tião Bocalom (DEM) chegou a afirmar em seu discurso que teria abandonado a coligação porque em seus tempos de secretário de estado, ele era obrigado a fraudar licitações a mando dos líderes petistas. O oposicionista fez duras críticas ao modelo político adotado pelo PT.


O presidente do PP, deputado federal Gladson Cameli elogiou a coragem do PV romper com o PT. Para ele, a pré-candidatura de Henrique Afonso significa crescimento da política e um novo alerta para a necessidade de alternância de poder. “Juntos faremos um plano de governo do alternância de poder. Sabemos que os acreanos sinalizam com a vontade de mudança”, diz Cameli.


Até mesmo lideranças indígenas questionaram os governos do PT. Representantes de etnias que apoiam o PV e a pré-candidatura de Henrique Afonso garantiram que o modelo de economia solidária e desenvolvimento sustentável “propagandeado” pelo governo do Acre é uma farsa. Eles denunciam que os investimentos nas aldeias não passam de peças publicitárias.


Henrique Afonso encerrou o evento destacando que, da mesma forma que a Frente Popular se surpreendeu com a saída do PV da coligação, os líderes petistas vão se surpreender com o plano de governo que seu partido apresentará no início de 2014. “Minha pré-candidatura e a afirmação dos valores da família e da não eternização de ideologias, mas de princípios que edificam”, enfatiza.


Em entrevista aos jornalistas presentes, o deputado Henrique Afonso disse que sua decisão de romper com o governo do Acre “é porque não há transparência e democracia na relação com os aliados. O que está aí não é democracia. Não queremos exercer domínio na Aleac, não queremos subjugar poderes. O que queremos é um governo para todos”, dispara o pré-candidato.


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