A quarta edição do Festival Internacional Pachamama – Cinema de Fronteira teve início na noite nesta segunda-feira,18, com solenidade no Cine Recreio, em Rio Branco. Até o próximo domingo, dezenas de filmes de curta e longa metragens produzidos no Brasil e em diversos países da América Latina e Espanha serão exibidos gratuitamente durante o festival, criado para promover o intercâmbio cultural e a integração econômica e social entre os países da região tri-fronteira – Brasil, Peru e Bolívia – da qual o Acre faz parte.
Na solenidade, os 25 anos de morte do sindicalista e ambientalista Chico Mendes foram lembrados. “Em quechúa, Pachamama quer dizer a mãe Terra, a terra que não tem fronteiras e Chico Mendes é o representante deste conceito de se sonhar com uma terra sem fronteiras. Chegará o momento que o Pachamama crescerá e levará seus filmes ao Peru, à Bolívia, ao Chile”, disse o cônsul do Peru no Acre, Jesus Carranza.
Em homenagem à memória de Chico, o festival convidou os artistas Pia Vila, o grupo Tambor de Fulô e seus Cravos para a apresentação cultural da noite. Em seguida, o 4º Festival Pachamama iniciou as atividades de exibição de filmes da Mostra Tri Fronteira com o boliviano Yvy Maraey – Tierra sin mal, de Juan Carlos Valdivia, que narra a trajetória do cineasta e do líder indígena Elio Ortiz através das florestas do sudeste da Bolívia para contar a história e a cultura dos índios guaranis. Ortiz lembra que este é o primeiro filme que trata da vida e cultura dos índios desta etnia.
Programação segue até domingo
Até domingo, 24, o público terá muitas opções de filmes disponíveis na Mostra Tri Fronteira, Mostra Zé do Caixão, Mostra Valdivia, Mirada Latina, Mirada do Mundo, nas mostras competitivas de curtas e longas metragens e na Mostra de Cine Comunitário e ainda no Cine Nómadas dos Bairros. São mais de 50 exibições gratuitas. O público também pode conferir ainda os debates, shows, festas, voos promocionais de balão. Toda a programação completa está disponível no www.cinemadefronteira.com.br.