Rondoniense é multada por conduzir moto sem cinto de segurança em São Paulo

Os absurdo ocorridos nas multas de trânsito não são um “privilegio” apenas do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) do Acre. A cerca de duas semanas a auxiliar administrativa Renata de Oliveira, 28 anos, moradora da cidade de Cacoal, estado de Rondônia, recebeu em sua residência uma notificação emitida pelo Departamento de Estradas e Rodagens (DER), da cidade de Barretos, interior de São Paulo. Tudo normal se não fosse o fato da notificada nunca ter ido à cidade de Barretos.

Mas o mais absurdo de toda a história e o fato da multa ter sido emitida porque a condutora pilotava uma motocicleta sem cinto de segurança.

Por conta da multa, Renata de Oliveira perdeu cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e terá que pagar o valor de R$ 127,69, até o dia 15 de novembro deste ano, data de vencimento da notificação. A auxiliar administrativa conta que ficou surpresa com tamanho absurdo e chegou até achar engraçado a causa da infração, que indica como data da notificação o dia 3 de outubro, às 12h57, porém, de acordo com Renata esse dia e horário ela estava trabalhando.

“Todas as informações no documento sobre a minha moto estão corretas. Mas quando vi que a multa foi emitida por Barretos e na infração dizia que o condutor havia deixado de usar o cinto de segurança. Eu me perguntei, será que as motos de Barretos são diferentes das de Cacoal, ou minha moto veio faltando o cinto de segurança?” ironiza Renata.

A auxiliar administrativa procurou a Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) de Cacoal, para saber como deveria proceder e tentar cancelar a notificação, mas no local não obteve êxito. Ela registrou um Boletim de Ocorrência em uma delegacia local e aguarda uma solução para o problema.

O diretor da Ciretran de Cacoal, Charles de Souza Duarte, informou que não é comum que condutores sejam multados de forma irregular, mas orientou que nesses casos a pessoa notificada procure imediatamente o órgão de trânsito para requerer o cancelamento da multa, além anexar provas de que a infração não tenha sido cometida.

“Então quer dizer que eu preciso provar que sou inocente. Não existe cinto de segurança em moto, e eu preciso provar isso”, protestou indignada a condutora.