A declaração do Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, realizada ontem (05) após palestra no Rio de Janeiro (RJ), sobre a proibição de médicos formados na Bolívia no Programa “Mais Médicos” do governo federal, vem causando dor de cabeça entre os inscritos no Acre.
Padilha afirmou que “essa questão foi negada no debate do congresso” porque os médicos não se enquadram na lei que criou o programa e por isso eles não poderão atuar.
O ministro explicou que só poderá participar quem tiver registro profissional em países com relação mínima de 1,8 médico por mil habitantes. Na Bolívia, esse número é de 1,2. Padilha usou o regulamento do programa como justificativa para negar com ou sem revalidação de diploma.
Com essa normativa, os médicos inscritos no Acre deverão ser excluídos do processo. Vale lembrar que o governo do Estado propôs ao ministério da saúde uma portaria autorizando a inclusão no programa de brasileiros formados na Bolívia e ainda realizou pré-cadastro com 700 pretensos participantes.
Um levantamento indicou que, só no Acre, há 368 médicos formados no exterior sem o Revalida, dos quais 98% estudaram na Bolívia. Estima-se que 6.000 acreanos estudam medicina no país vizinho.
No entanto, Padilha deixou claro que não haverá mudanças no modelo do programa para atender ou beneficiar qualquer federação.
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