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A hora da discórdia

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Roberto Gaz
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O senador Jorge Viana (PT-AC) acha que o projeto sancionado pela presidente Dilma (PT) que devolve o horário original ao Acre, terá um custo político à oposição. Segundo ele, 80% da população atualmente prefere o horário atual. Na opinião do senador será a volta da aroeira no lombo de quem mandou dar com prejuízos eleitorais, em 2014, principalmente para o deputado federal Flaviano Melo (PMDB-AC) e o senador Sérgio Petecão (PSD-AC).


Os autores da proeza
Para Viana, a população não deve confundir os autores da mudança. Ele explica que a presidente Dilma (PT) foi autora do projeto que retoma o horário antigo por pressão dos parlamentares da oposição acreana.


A hora da festa
Por outro lado, o senador Petecão (PSD-AC) programa uma festa para comemorar a volta do horário. “O senador Jorge Viana (PT-AC) está fazendo o jogo dele. Mas essa foi uma das piores derrotas que ele já teve. O que estava em questão não era só a mudança do horário, mas o acatamento democrático da vontade popular,” salientou Petecão.

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A voz das ruas
Já o deputado federal Flaviano Melo (PMDB-AC) garante que sempre foi muito cobrado pelas pessoas pelo retorno do horário. “Os governistas deveriam ser mais democratas. Precisam entender e respeitar a vontade das urnas que foi escrita no referendo de 2010,” argumentou.


Atraso?
Um dos argumentos contra a volta do horário é a diferença de três horas para Brasília, durante o verão no Centro-Sul do país. Isso, segundo alguns empresários, significaria um atraso econômico para o Acre.


Realidade
Petecão questiona: “Mas em que o Acre avançou economicamente por causa da mudança do horário? Uma hora a mais ou a menos não faz diferença nenhuma para quem vai fazer um bom negócio. E são poucos os acreanos que viajam constantemente para o Centro- Sul do Brasil”, afirmou.


Exemplo
Em Cruzeiro do Sul, o comerciante conhecido como Chiquinho do Rubens, dono de uma loja de material de construção nunca alterou o seu horário. A sua loja abriu e fechou sempre nos mesmos horários. Ele simplesmente ignorou a mudança e nunca teve prejuízos por isso.


Fato
É mais fácil acostumar-se a acordar uma hora mais tarde do que mais cedo. Mas num ponto o senador Jorge Viana (PT-AC), tem razão. Uma parte da população que não queria a nova mudança vai culpar os políticos da oposição.


Politização da hora
Sem dúvidas a questão do horário do Acre estará na pauta das próximas eleições. Agora, são os políticos da FPA que irão acusar a oposição de ter promovido o atraso dos relógios. Quem vai ganhar o debate dependerá das consequências cotidianas do retorno do horário original.


Os dois lados da moeda
Não tenho dúvida que a maioria dos moradores das áreas urbanas já estava acostumada com o horário atual. Mas na zona rural acreana o horário novo nunca emplacou. O resultado do Referendo, 2010, mostra essa divisão de opiniões com 57% a favor do horário antigo contra 43%. Mas com uma abstenção acima de 30%.


A hora de cuidar da vida
O Acre enfrenta problemas sociais que merecem muito mais a atenção dos nossos políticos do que a questão do horário. Uma hora a mais ou a menos não muda nada para quem tem o que fazer…


Correndo por fora
O superintendente do INCRA no Acre, Idésio Franck (PT), deve ser candidato a deputado federal com o discurso de ser o verdadeiro representante do Alto Acre. Garante que a sua base cresceu muito depois da derrota em 2010.


Máquina política
Os deputados federais, senadores e deputados estaduais deveriam prestar mais atenção na Associação dos Prefeitos do Acre (AMAC). As reuniões acontecem num clima de convergência cordial que extrapola questões partidárias. As assembleias dos prefeitos, diferente da ALEAC, tem um poder de deliberação enorme. Afinal, como dizia o ex-presidente Lula (PT), as pessoas vivem nos municípios e, os prefeito têm o poder nas mãos de fazer mudanças imediatas que acharem convenientes. O próprio governador Tião Viana (PT) deveria estar mais presente para dialogar com os prefeitos acreanos. A AMAC, sem muito estardalhaço está se tornando um espaço de debates e decisões que afetam diretamente a população do Acre. Só não vê quem não quer…


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