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“Chico Mendes foi exemplo de que vale a pena lutar pelas utopias”, diz Frei Betto

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“A erosão do sentido da vida e os desafios da contemporaneidade”. Esse foi o tema da palestra do renomado teólogo e escritor brasileiro Frei Betto, na noite desta terça-feira, no Teatro Universitário da Ufac, em Rio Branco. A palestra, que reuniu dezenas de estudantes, professores, ativistas sociais e políticos, faz parte da programação dos “25 Anos Chico Mendes Vive Mais”.


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Frei Beto destacou, entre outras coisas, a atual crise social mundial que segundo ele vive uma “mudança de época”. Ele também falou sobre as transformações ocorridas no decorrer da história através das descobertas científicas. Para ele, essa “erosão” ocorre pela crise nas quatro principais instituições sociais e políticas que são o Estado, a Igreja, a família e a escola.

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“A erosão não é por causa das pessoas é por causa do sistema neoliberal que nós vivemos. As pessoas estão perdendo o senso histórico do tempo e da utopia. O projeto neoliberal é transformar as pessoas em consumistas e quanto menos a pessoas perderem o sentido da vida mais consumistas elas serão porque elas buscam nos objetos o apoio a sua auto-estima. Uma pessoa como São Francisco de Assis, por exemplo, é extremamente nociva ao capitalismo porque tudo que ele precisa está dentro dele. As coisas de fora pouco importa. A erosão vem em função de um projeto hegemonizado hoje pelo capitalismo que declara que a história acabou, que declara que não adianta ter esperança, que o mundo será eternamente capitalista”, enfatiza.


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Frei Betto lembrou que Chico Mendes foi um exemplo de que vale a pena lutar pelas utopias, mas afirmou que as mudanças ou alternativas não passam necessariamente pela escolha de pessoas e sim na luta por uma causa.


“Veja o Chico Mendes pagou com a vida, mas valeu. Hoje esse estado é muito mais humano, é muito mais descente, é muito mais bem administrado. Então o Chico é um exemplo de que adianta ter esperança. A falta de esperança leva no mínimo à droga, seja a do narcotraficante, seja a da farmácia. O que devemos ter é esperança em ideais, em valores, em alternativas e não em nesse ou naquela pessoa, porque as pessoas passam e o que importa são as causas”, acrescenta.


O escritor profere palestra na manhã desta quarta-feira a servidores do Estado e depois viaja a Xapuri.


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