Na manhã desta terça-feira, 29, pelo menos 50 funcionários da Fábrica de Pisos, em Xapuri, queimaram pneus em frente ao portão da empresa. O protesto foi contra o atraso no pagamento dos salários, que já dura três meses. Além disso, direitos trabalhistas não estariam sendo pagos para trabalhadores que pediram demissão, além do não reconhecimento do FGTS e pagamento de horas extras.
A situação já foi denunciada ao Ministério do Trabalho. A Fábrica de Pisos foi construída pelo governo do Estado, na gestão de Jorge Viana (PT). O investimento que prometia gerar emprego e renda, atualmente encontra-se em decadência. A fábrica foi repassada para a iniciativa privada e uma cooperativa, mas o governo detém 25% das ações.
O gerente, Paulo Silveira, disse que existem algumas pendências, que segundo ele, estariam sendo sanadas. Paulo também revelou que devido a um problema numa das caldeiras da madeireira parte das atividades encontra-se parada tendo um prejuízo de R$ 7 mil por dia.
Enquanto isso, os trabalhadores prometem continuar os protestos, e até bloquear a BR-317, a partir de quinta-feira, dia 31.
O governo do Estado, a empresa Hevea e a Cooperativa dos Produtores Florestais Comunitários (Cooperfloresta), se uniram e transformaram a Fábrica de Pisos de Xapuri em o Complexo Industrial Florestal de Xapuri, com capacidade de fabricar diversos produtos derivados da madeira como: portas, janelas, batentes, dormentes.
Com um capital de giro avaliado em quase R$ 2 milhões e mais de R$ 1 milhão investido na compra de novos equipamentos, o Complexo de Xapuri tem capacidade de processar aproximadamente 100 mil m³ de madeira por ano.