A titular da Delegacia da Mulher de Cruzeiro do Sul, delegada Carla Brito, informou nesta segunda-feira, que o caso da estudante de 19 anos, que teria sido estuprada, como foi noticiado na semana passada, não passa de uma “mentira criada pela própria jovem.” (Leia aqui a notícia)
Numa primeira versão contada à polícia, a jovem teria dito que foi surpreendida por dois homens encapuzados que a obrigaram a entrar num carro. Depois ela teria sido obrigada a ingerir bebida alcoólica e a fazer sexo contra sua vontade. Quatro homens estariam envolvidos.
Porém, segundo a delegada Carla Brito, depois de uma ampla investigação ouvindo testemunhas, a polícia concluiu que a jovem na verdade criou o fato para justificar aos pais seu horário de chegada em casa.
“Ela se retratou e fez isso porque queria dar uma justificativa por ter chegado em casa muito tarde para sua família. Por causa disso ela pode responder por falsa comunicação do crime. Ela havia bebido muito. Quando nós fomos investigar o caso não bateu a informação. Tinha pessoas com ela, no momento em que ela contou que estava sendo violentada, pessoas que contaram que realmente estavam na companhia de outros rapazes. Informaram que ela tinha mantido relação com um rapaz, que ela foi deixada perto de casa, que ela tinha ingerido bebida alcoólica por livre e espontânea vontade. Entretanto por ter chegado além do horário previsto sem não ter o que dizer a família ela inventou essa história”, informou a delegada.
Na solenidade da PM, ainda durante a manhã, para isentar o setor de Segurança de um possível erro, o governador Sebastião Viana resolveu explicar que o caso teria sido “manipulado.”
“Foi tudo uma pequena situação criada por um pequeno grupo de pessoas usando a história de um violento estupro e dano usando a integridade de uma pessoa quando se apurou aquilo não ocorreu. A Polícia Civil apurou exaustivamente e aquilo não ocorreu. A imprensa tinha o dever de informar o fato, mas agora tem a oportunidade de colocar a verdade, porque senão dá a impressão de que o sistema de segurança é falho, quando não é. A polícia age, a polícia faz a conclusão e transfere para o Judiciário. E quando é uma mentira, da mesma forma, a polícia leva a instâncias da Justiça”, disse o governador.
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