Cena de cinema

Considero natural o PT lançar o nome do senador Anibal Diniz (PT-AC) à corrida da única vaga ao Senado, em 2014. Mas também acho que o ato que aconteceu nesta sexta-feira, 18, em Rio Branco, uma grande encenação. Tanto que não participaram do lançamento as duas maiores lideranças do partido, governador Tião Viana (PT) e o senador Jorge Viana (PT). 

Ata e desata

Anibal Diniz é um petista orgânico com relevantes serviços prestados ao partido. O nome de Anibal une internamente todas as correntes do PT. Mas se a sua candidatura for levada adiante implodirá a unidade da FPA.

Radical 

Quem falou de maneira mais contundente a favor da candidatura de Anibal foi o ex-prefeito Raimundo Angelim (PT). Segundo ele, o partido deverá radicalizar para não abrir mão da vaga. Mas o próprio Angelim  poderia ser um nome… 

Oportunismo

Qualquer um dos 17 partidos que compõe a FPA pode lançar pré-candidatos ao Senado para depois negociar vantagens com a direção da coligação. Mas no atual contexto político do Acre todos sabem que é um jogo de cartas marcadas.

Questão de realidade

A candidata da FPA deverá ser mesmo a deputada federal Perpétua Almeida (PC do B – AC).  Inclusive, o governador Tião Viana (PT) participou do lançamento da sua candidatura no fim de semana passado. O que não aconteceu com Anibal.

Competente

Anibal foi um bom secretário de comunicação. Apesar de petista orgânico sabia ser diplomático com os desafetos. Mas não conseguiu popularizar-se depois de quase três anos no Senado.  

Encontro marcado 

Encontrei-me por acaso com o deputado federal Sibá Machado (PT-AC). Perguntei se ele abre mão da candidatura à presidência do PT. Resposta: não. Sibá vai realmente até o fim e acredita que pode ganhar a parada.

Plantador de pimenta

Siba falou ainda que está evitando conversar com a imprensa sobre a sua candidatura à presidência do PT. Como um bom plantador de pimenta do reino que precisa esperar três anos para colher, Sibá quer vencer silenciosamente.

Muito barulho por nada 

O prefeito de Epitaciolândia André Assem está nos braços dos tucanos. Esses dias o deputado federal Márcio Bittar (PSDB-AC) divulgou uma foto dos dois nas redes sociais visitando ramais do município da fronteira. Assem deverá dar guarita para os dois lados até o carnaval chegar …

Presente de grego

Essa história de querer a qualquer custo apoio de prefeitos para candidaturas majoritárias é uma faca de dois gumes. Tião Viana (PT), em 2010, venceu em todos os municípios onde os prefeitos eram de oposição. E perdeu onde eram do PT.

Quem realmente interessa

Na minha opinião apenas o apoio de dois dos atuais prefeitos do Acre serão significativos, em 2014. Marcus Alexandre (PT), na Capital e, Vagner Sales (PMDB), no Juruá. Mesmo porque são prefeitos dos dois maiores contingentes eleitorais do Estado e fazem gestões bem avaliadas.

Casa dos artistas 2 – A missão

Toda vez que vou a Cruzeiro do Sul recebo muitas reclamações de petistas sobre a atuação dos assessores do Governo na região. A principal é o “corpo mole” de alguns que só aparecem quando o governador Tião Viana (PT) está presente.

Espelho

Podem gostar ou não do vereador Valdemir Neto (PT). Eu mesmo já divergi dele muitas vezes. Mas ele é um exemplo. Era assessor de DAS nos tempos de Jorge Viana (PT). Fez concurso público e se tornou gestor. Depois encarou a eleição de 2012 e elegeu-se vereador. Soube aproveitar bem as oportunidades para desmamar e tornar-se independente.

Jogo democrático

Na política tem que existir situação e oposição para que haja democracia. Já dizia Nelson Rodrigues que toda unanimidade é burra. Acrescento que a unanimidade é perigosa e pode transformar-se numa ditadura.

Silencioso

Não vejo o nome do prefeito de Brasiléia, Everaldo (PMDB) aparecer na mídia. Mas tenho lido que o gestor tem recebido recursos significativos de parlamentares como o senador Petecão (PSD-AC) e o deputado Federal Flaviano Melo (PMDB-AC). Na moita e sem alardes Everaldo vai levando a sua gestão…

Língua afiada

Muitas coisas que estão acontecendo no Estado já eram previstas pela ex-deputada petista Naluh Gouveia. Lembro que há anos alguns encontrei com a conselheira do TCE na rua. Ela me falou do quadro político daquele momento e fez algumas previsões. Uma frase dela com ênfase: “É preciso que haja alternância de poder para a democracia sobreviver”. Era véspera das eleições de 2010.