Alguns dirigentes do PT saíram decepcionados com o desfecho do julgamento de ontem do pedido de cassação do prefeito de Tarauacá, Rodrigo Damasceno. Estava nas contas dos petistas que o desembargador Samuel Evangelistas votaria a favor do prefeito (como votou) e seria completado pelo voto de Minerva, absolvendo o Rodrigo. Acontece que, tomou posse o Juiz Federal Naiper Pontes e ele agora é que decidirá. E sobre como virá esse voto ninguém pode fazer uma avaliação nem por longe. Por isso é quem decidirá o caso que está em 2×2 no placar da votação.
Situando juridicamente
A Liminar concedida pelo desembargador do TFR, Hilton Queiróz, a favor do prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales, não modifica o processo de sua cassação e nem a sentença do Juiz Federal que negou o pedido de Prescrição do caso. Apenas suspende os seus efeitos até que o Habeas-Corpus impetrado pedindo a Prescrição pelo TFR seja julgado. Mas não deixou de ser uma luz no fim do túnel. É bom situar juridicamente o assunto para evitar interpretações errôneas de que a Liminar acaba com a questão. Ainda deve levar no mínimo dois meses até que se tenha uma definição, quando acontecerá o julgamento pelo pleno do TFR. Até lá Vagner Sales continuará à frente da prefeitura de Cruzeiro do Sul.
Pedido de suspensão
Quanto ao julgamento do TRE-AC (é outro processo), que cassou o registro dos diplomas do prefeito Vagner Sales e do seu vice Mazinho Santiago , os advogados de Vagner entram hoje naquele tribunal com o pedido de suspensão da decisão até que seja julgado o recurso que está no pleno do TFR.
Apostando no do além
Abrahim Farhat, o Lhé, principal cabo eleitoral da candidatura de Sibá Machado à presidência do PT, diz crer na vitória: “o companheiro Sibá tem o apoio da Velha Guarda”. Então, Lhé, o seu candidato está lascado! A eleição não é no além. O grosso da Velha Guarda petista já morreu, e morto não vota. Sobraram o próprio Lhé e meia dúzia de velhos petistas lutadores.
Posição definida
Com a declaração do deputado federal Márcio Bittar (PSDB) de que será candidato ao governo “no primeiro, segundo e terceiro turno”, afasta-se a hipótese dele disputar a vaga de senador.
Grande favorecida
A sua mulher Márcia Bittar (PSDB) é a grande favorecida com a decisão. Não tenho dúvida que o marido Márcio montará um esquema poderoso e a elegerá deputada federal bem votada.
Ciente disso
Quem for para a chapa de deputado federal do PSDB fique certo que servirá de escada.
Hora da verdade
Como Tião Bocalon (DEM) também será candidato ao governo forma-se o cenário para o grande duelo eleitoral, entre dois desafetos políticos: Márcio Bittar (PSDB) e Bocalon (DEM).
Erra o alvo
Erra quem pensa ter sido o Tião Bocalon (PSDB) quem desarticulou a candidatura única da oposição ao governo. Foi o senador Sérgio Petecão (PSD) que mexeu todos os cordéis.
Peça principal
Em Brasília, Sérgio Petecão articulou junto aos senadores do DEM a filiação de Tião Bocalon, deu-lhe suporte na festa de sua filiação e incentivou para que ele disputasse o governo.
Papo de bastidores
Nos bastidores, Sérgio Petecão tem dito que assim agiu para mostrar ao Márcio Bittar que em política as coisas não se resolvem com imposição, como exigir ser candidato único ao governo.
Acordo fechado
Petecão diz ter um acordo fechado com Tião Bocalon do qual não arreda um milímetro: “vamos levar nossas candidaturas até maio, o que tiver melhor apóia o outro”, enfatiza.
Papo reservado
Pessoas próximas do governador Tião Viana estão se sentindo incomodadas com o deputado Jamil Asfury (PEN), a quem chamam de “chiclete”, por não deixar o governador respirar.
Foi o que ouvi
Segundo esses cardeais do PT, ele está indo longe ao querer trazer para si bandeiras políticas do governador e ter tentado a articulação nada republicana como intermediar um Call-Center.
Janela do ônibus
Outro comentário ouvido ontem, a respeito do parlamentar: “quem chega de última hora na FPA não pode pegar a janela do ônibus”. Fiz as notas para ter uma noção dos comentários.
Nesse sentido
Os fatos caminham no sentido de termos em 2014, quatro candidatos ao governo: Tião Viana (PT), Márcio Bittar (PSDB) e Tião Bocalon (DEM) ou Petecão (PSD) e Henrique Afonso (PV).
Praticamente certo
Neste cenário teremos praticamente garantido um segundo turno na eleição de governador.
Oposição embolada
Tião Viana (PT) estará no segundo turno. Isso é ponto pacífico. Sobre quem será o seu adversário é difícil uma avaliação, pelo equilíbrio entre as candidaturas postas pela oposição.
Trabalho em Brasília
Há todo um trabalho em curso, em Brasília, no sentido do PV e PSB se coligarem, no Acre.
Piada de salão
Acreditar que, o César Messias, Manoel Moraes e companhia limitada do PSB apoiarão e pedirão votos para a candidatura de Eduardo Campos (PSB) à presidência da República.
Não sejamos simplórios
O governo Tião Viana tem problemas pontuais, não se discute. Mas isso não está se refletindo nas pesquisas da oposição que vi (quatro) até hoje, liderando em todas as simulações.
Não é o PT
E quem tem de se preocupar quem vai ou quem não vai para o segundo turno é a oposição, Tião Viana (PT) estará lá, não é preciso nem ser expert em política para se chegar à conclusão.
Sem explicação
O que não consegui entender é qual o benefício político do governo ter secretários fazendo campanha no cargo para deputado estadual. Não ouvi até hoje uma explicação convincente.
Bocalon na dianteira
Quando vamos para a oposição, quem lidera em todas as pesquisas é o Tião Bocalon. Se vai se manter e se ele será ultrapassado pelo Márcio Bittar (PSDB), aí a conversa é com as urnas.
Padrinho e afilhado
Numa festa programada pelo ex-prefeito Aldemir Lopes o deputado federal Márcio Bittar (SDB) lança no próximo dia 18, em Brasiléia, a sua candidatura ao governo estadual.
A conferir
Aos amigos o prefeito de Epitaciolândia, André Hassem (PSDB), tem dito que não vai para a festa. A conferir se de fato essa promessa será cumprida.
Refazendo a história
Nem as deputadas federais Perpétua Almeida (POCdoB-AC) nem Vanesa Graziotin (PCdoB-AM) têm a primazia na luta pelos soldados da borracha. O ex-deputado federal Osmir Lime e o senador Nabor Junior (PMDB) foram os pioneiros nessa luta, apresentando projetos que beneficiavam a categoria. Logo depois entrou em cena o ex-senador Aluísio Bezerra (PMDB) nessa briga. Faço a menção para deixar claro que essa não é uma batalha que começou agora na Câmara Federal. E para que fique na história quem lutou pelo reconhecimento da classe pelo Brasil.
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