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Reviravolta na sucessão do Governo

Por
Ray Melo, da editoria de política do ac24horas


Não se enganem. Se o prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales (PMDB) tiver impeditivos jurídicos para ser candidato ao Governo, a oposição deverá ter um novo nome na corrida. O deputado federal Gladson Cameli (PP-AC), que está na Europa, à serviço da Câmara Federal, deverá se lançar.


Vontade no corpo inteiro


Apesar do jovem deputado ter afirmado e reafirmado que concorrerá ao Senado no seu íntimo a disputa ao Governo nunca foi descartada. A maioria dos assessores de Gladson Cameli sempre acreditaram nessa possibilidade.


Obstáculos


Para ser candidato ao Governo Gladson terá que convencer a família, principalmente o seu pai, o empresário Eládio Cameli, que se tornou uma espécie de patriarca e conselheiro do clã depois do falecimento do ex-governador Orleir Cameli.


Quem é quem


As decisões dos Camelis costumam ser coletivas. Pensar que a opinião do vice-governador César Messias (PSB) tem alguma influência é puro engano. Na realidade nunca teve. Se baterem o martelo a família se une em torno do propósito e pronto.


Corpo técnico


Outro engano é imaginar que Gladson ficaria nas mãos de políticos tradicionais.  Caso haja possibilidade de uma candidatura ao Governo deverão ser convidadas pessoas com capacidade técnica comprovada para elaboração de um plano de Governo.


Ainda na luta


A decisão do TRE acreano que não acatou a prescrição da sentença de cassação de Vagner Sales (PMDB) já era esperada. Os advogados do prefeito de Cruzeiro do Sul sempre souberam que o palco da batalha será em Brasília, no STF.


Candidatura “irreversível”


Por outro lado, o deputado federal Henrique Afonso (PV-AC) tem reafirmado cotidianamente que a sua candidatura ao Governo é irreversível. Ele vem com um discurso abandonado pela FPA, de sustentabilidade e valorização dos potenciais florestais do Acre.  


Liderança do Baixo Clero


Uma notícia para deixar os poucos cabelos do Carioca de pé. Fui procurado por alguns deputados na Aleac que me disseram o seguinte: “O deputado Jonas Lima (PT) é líder de uma bancada de 8 deputados.” Os parlamentares se auto intitulam Baixo Clero e têm divergências acentuadas com o assessor político do Governo.


Fantasminha nem tão camarada


Jonas Lima é chamado pelos colegas de Gasparzinho. Mas apesar de ser deputado de primeiro mandato não parece ser tão camarada como parece. Aprendeu rápido a fazer política. Como quem não quer nada conseguiu um grupo de aliados a protege-lo do “fogo amigo”.


Mudança de discurso


Os primeiros pronunciamentos de Jonas Lima, na Aleac, foram desastrosos. Teleguiado por alguém presenciei o deputado tentando afrontar o líder da oposição deputado Rocha (PSDB), que na ocasião rebateu com um sorriso, sem levar a sério o ataque.


Homem de paz   


Jonas arrumou encrenca com jornalistas, inclusive comigo, mas fez as pazes com todos. Abandonou processos e virou o jogo. Se tornou um querido dos repórteres que cobrem a Aleac. Recentemente os próprios jornalistas o defenderam de acusações feitas por colegas. É considerado do bem pela sua sinceridade e disposição ao perdão.


No páreo


Os piores problemas do Gasparzinho parecem vir de dentro do seu partido, o PT. Desgostoso com as divergências, Jonas andava dizendo que abandonaria a política. Agora, vai à reeleição. Pelo menos dois deputados do Baixo Clero pensam em não sair candidatos para apoiar o “Fantasminha Camarada”


A criatura supera o criador


Jonas Lima entrou para a política com a ajuda do deputado federal Taumaturgo Lima (PT-AC) e do seu irmão, o secretário de fazenda, Mâncio Cordeiro. Primos com origem em Mâncio Lima. Atualmente o Gasparzinho tem mais simpatizantes do que os parentes “aliados”.


A Ilha


O prefeito de Rodrigues Alves, Burica (PT), não anda nada satisfeito. A maioria dos cargos estaduais no seu município foram dados ao seu adversário, o ex-prefeito Dêda (PROS). Agora, Burica vive numa ilha cercada de adversários por todos os lados.


Magoado


Burica que foi o primeiro filiado do PT em Rodrigues Alves se sente abandonado pelos “companheiros”. O cargo de representante da educação, muito importante politicamente num município do interior, foi entregue para Paulo Mororó (PROS),o candidato a vice, de Dêda,


Liderança ungida


Dêda (PROS) está ungido pelo governador Tião Viana (PT), de quem é assessor. Tem quase todos os cargos estaduais em Rodrigues Alves e mais 30 municipais, em Mâncio Lima, por apoiar o prefeito Cleidson Rocha (PMDB).


Jogo “quase” ganho


Com esse quadro o ex-prefeito que ganhou a eleição, em 2012, em Rodrigues Alves, mas perdeu no TSE por ser considerado “Ficha Suja” tem praticamente garantida a reeleição da sua esposa, a deputada Maria Antônia (PROS).


Sonhando alto


Dêda garante que terá a sua “Ficha Limpa” até fevereiro de 2014. Se conseguir, pretende sair candidato a deputado federal. Mas avisa que defende a ideia de que o candidato a vice de Tião Viana deve sair do Juruá baseado numa pesquisa de popularidade dos pretendentes. Ele acredita que pode conseguir a vaga.  


 


 


 




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Ray Melo, da editoria de política do ac24horas

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