Farias afirma que acorrentado da Aleac fez “espetáculo sensacionalista”

O protesto do filho de Maria das Graças Alencar de Araújo, Jair Alencar, que se acorrentou na manhã desta quarta-feira (9), na galeria Marina Silva, na Aleac, pedindo tratamento para sua mãe que sofre há mais de três anos, por falta de uma cirurgia foi classificando pelo médico e deputado Eduardo Farias (PCdoB), como “espetáculo sensacionalista”.

O parlamentar que integra a base de sustentação do governador Sebastião Viana (PT) admitiu que houve problemas e falhas no atendimento a paciente. Farias destacou ainda, que não sabia qual seria a motivação de Jair. “O diretor do Hospital das Clínicas tem conversado diariamente com o Jair por telefone, inclusive está marcada uma consulta para esta tarde”.

Eduardo Farias levantou suspeitas de motivação política no protesto. “A saúde errou em muitos dos pontos, mas estamos com o processo adiantado. Sentamos com a mãe dele semana passada e com ele, chamei o doutor Carlos Eduardo para resolver o problema, não entendi porque ele resolveu se amarrar estamos aqui para resolver com boa vontade de resolver sem sensacionalismo”.

Em tom alterado e autoritário, o comunista disse que “também sei resolver politicamente. Não vamos admitir espetáculos aqui para tirar proveito político. Sem tirar a dor de quem está sofrendo até entendemos a dor de vocês, já admiti que o estado falhou nesse caso, mas a clínica já marcou o exame para fazer cirurgia de sua mãe”, enfatizou o comunista se dirigindo ao acorrentado.

Na sala de reuniões da Aleac, Farias questionou Jair se sua mãe seria deficiente mental, como se este fato isentasse o governo pela espera de mais de três anos da paciente. Constrangido, Jair Alencar disse que sim. O deputado ironizou ainda, quando uma mulher chegou ao local para fazer um denúncia do sistema de saúde. “A senhora pode falar, mas não precisa de acorrentar”, disse sorrindo, Eduardo Farias.