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PM diz que sofre perseguição dentro da corporação

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A sargento da Polícia Militar do Acre, Cirlândia Fonseca de Oliveira Lima, 42 anos, procurou a imprensa para denunciar a perseguição que vem sofrendo dentro da corporação. Segundo ele, há cerca de um ano e oito meses, ela e seu filho foram vítimas de uma armação arquitetada pelos próprios colegas de farda.


A sargento conta que nesse período foi acusada, de forma equivocada, de participar de uma quadrilha de arrombadores de caixas eletrônicos. A militar cita os sargentos Rôla, Alan e Fábio Teixeira, do Serviço Reservado, de torturar física e psicologicamente o seu filho para que assumisse autoria de um crime que não tinha cometido.

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Cirlândia Fonseca acredita vem sendo perseguida por ter participado do aquartelamento de PM’s, manifesto que ficou conhecido como “14 de Maio”, realizado para cobrar do Governo mais estrutura e melhores salários para a PM.


Segundo declarações da policial, o Comando Geral e a Corregedoria da Polícia Militar estão tentando acobertar os crimes de abuso de autoridade, invasão de domicílio e tortura, praticados pelos três sargentos, já que o procedimento que apura a conduta dos militares denunciados está há cerca de um ano e dois meses parado.


Sucessão de erros


A militar afirma que tudo começou em março de 2012, quando um veículo que ela havia vendido para um conhecido foi apreendido durante uma operação policial que desbaratou uma quadrilha de arrombadores de caixas eletrônicos.


Durante a ação, Cirlândia Fonseca afirma que aconteceu uma sucessão de erros. A primeira foi o cumprimento de um mandado de busca e apreensão em um apartamento no Bairro Bosque, que, de acordo com a ordem judicial, estava no nome de Carlos Eduardo de Oliveira Lima, filho da militar, que é categórica em afirmar que o rapaz não possui nem um imóvel em seu nome.


Outro equívoco, segundo ela, é que a ordem judicial estava para ser cumprida no apartamento, mas os policiais militares foram até sua casa, depois de verificar que o veículo apreendido ainda estava em seu nome, e invadiram o imóvel e levaram seu filho como um dos envolvidos com a quadrilha, mesmo o rapaz não tendo as mesmas características físicas do suspeito procurado pela polícia.


“O que aconteceu foi uma sequencia de crimes. Primeiro os sargentos Rôla, Alan e Fábio Teixeira invadiram a casa da minha mãe no conjunto Tucumã e tiraram meu filho, que estava dormindo, sem qualquer ordem judicial, realizaram buscas na residência revirando tudo e exigindo que meu filho entregasse materiais relacionados ao crime de furto de caixas eletrônicos, armas e entorpecentes, mas meu filho nunca foi envolvido com essas coisas”, desabafa.


A militar afirma que por conta desse episódio está afastada das funções. Por ordem médica, ela está fazendo acompanhamento psicológico. “Meu filho relatou que eles o mandavam abrir a boca e depois colocava o cano da pistola dizendo que iriam mata-lo se ele não falasse a verdade. Eles batiam no Carlos Eduardo. Meu filho viveu horas de terror nas mãos desses bandidos, foi humilhado e torturado”, denunciou.


Ao saber do ocorrido, a policial levou o caso ao conhecimento da Corregedoria da Polícia Militar, mas já se passaram um ano e oito meses que a denúncia foi feita e ainda não há uma resposta.


“Depois que denunciamos o caso a Corregedoria meu filho passou a ser seguido por esses sargentos, a prova é tanta que em uma oportunidade fui buscá-lo na faculdade e disparei contra o carro desses bandidos que estavam nos seguindo. Para se ter ideia até o exame de corpo de delito e os atestados de bons antecedentes do meu filho sumiram dos autos da corregedoria, numa demonstração clara de que estão tentando acobertar os crimes desse bando”, acusa.

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“A PM está virando uma máfia, um cartel, uma bandidagem”


A militar levou as denúncias ao conhecimento do presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa (Aleac), Jamyl Asfury (PEN), no final da manhã desta quinta-feira (3).


O parlamentar disse que estará pedindo uma reunião com o comandante-geral e corregedor da PM para saber o que está acontecendo e pedir celeridade na conclusão do procedimento.


“Entendo sua angústia e até sua revolta, mas é preciso que se pondere e que se aja com a razão para que, no calor da emoção, não se fale coisas que possa lhe prejudicar depois”.


 


 


 


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