Um lixão às margens da BR-364 continua sendo o cartão postal do município de Sena Madureira (distante 142 km da capital). O amontoado de entulhos de todas as espécies, incluindo ossos de animais, está concentrado a 6 km da cidade.
Na tentativa de esconder o descaso público, a prefeitura se utilizou do velho e conhecido truque do tapume. Na semana passada, a frente estava sendo encoberta por uma cerca de madeira para esconder o lixão.
Quem não gostou da esperteza política foi a dona de casa Michele Coelho de Sousa, 28 anos, que reside ao lado dos entulhos, junto com os três filhos pequenos. Segundo ela, existia a promessa de que a área seria desativada.
Ela conta que convive diariamente com a presença de animais peçonhentos como: cobras, ratos, além dos urubus que passam o dia todo circulando e andando em seu quintal, espalhando um odor insuportável.
No Bujari, situação não é diferente
Outro município acreano que sofre com os lixões espalhados às margens da BR-364 é o Bujari. Embora a montanha de lixo a céu aberto não esteja localizada próxima a área habitada, quem passa pela estrada sofre com presença de animais na pista, como urubus e cachorros, que oferecem perigo aos condutores.
Lei de Resíduos Sólidos
Até 2014, deverá ser feita a instalação de aterros sanitários em todas as cidades brasileiras, que adotam destinação considerada inadequada para seus resíduos sólidos. Com 60,6% dos 5.565 municípios do país utilizando lixões e aterros controlados – terrenos sem condições técnicas – a tendência é que a meta estabelecida pelo Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) seja adiada em alguns anos.