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Bancários iniciam greve nesta quinta-feira no Acre

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Da Redação

Os bancários decidiram cruzar os braços nesta quinta-feira (19). O indicativo de greve foi aprovado em assembleia bastante prestigiada (170 presentes), ocorrida no fim da tarde desta quarta-feira (18), na Praça Povos da Floresta, em Rio Branco.


A paralisação é nacional, e de acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários do Acre, Edmar Batistela, a proposta ofertada pela Fenaban não cobre as reivindicações da categoria. Batistela explica que o setor bancário é o mais sólido e lucrativo da economia do país, com ganho médio de 18%, mas, infelizmente, que repor apenas 6,1% de reposição salarial aos seus funcionários.


O dirigente explica que, além de negar aumento real nos salários, pisos, PLR e todas as verbas salariais, a Fenaban apresentou uma proposta rebaixada de 6,1%, percentual esse que sequer recompõem a inflação do período medida pelo INPC, de 6,93%). “Queremos informar a sociedade que a proposta da Fenaban ignora todas as reivindicações dos bancários sobre emprego, saúde, condições de trabalho, segurança e igualdade de oportunidades, assim não restando outra alternativa para buscar melhoria na proposta a não ser uma greve”, explica Batistela.


O coordenador do Comando Nacional alega que os bancos obtiveram grandes lucros, por isso, acredita que as reivindicações da categoria poderiam ser atendidas. “Somente os seis maiores bancos tiveram lucro líquido de R$ 29,6 bilhões no primeiro semestre, alcançando a maior rentabilidade do sistema financeiro internacional, graças principalmente ao aumento da produtividade dos bancários. Por isso consideramos a proposta, que não tem aumento real e desconsidera as demais reivindicações, como uma provocação dos bancos”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.


Os bancários querem reposição salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação); PLR: três salários mais R$ 5.553,15; Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese); o fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas, entre outras reivindicações.


 


A proposta da Fenaban


A proposta da Fenaban oferece  reajuste – 6,1% (inflação do período pelo INPC) sobre salários, pisos e todas as verbas salariais (auxílio-refeição, cesta-alimentação, auxílio-creche/babá etc.); Parcela adicional da PLR – 2% do lucro líquido dividido linearmente a todos os bancários, limitado a R$ 3.267,88; e PLR – 90% do salário, mais valor fixo de R$ 1.633,94, limitado a R$ 8.927,61 (o que significa reajuste de 6,1% sobre os valores da PLR do ano passado).


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