Os impiedosos e sorrateiros ataques de larápios a alguns dos estabelecimentos comerciais situados em Rio Branco – região em que há maior concentração de renda no estado – levam empresários do setor de móveis e eletrodomésticos a ameaçarem fechar seus negócios. Ontem à tarde, mais um empresário foi vítima de assalto em Rio Branco, o Goiano, proprietário da butique do Peixe, no Mercado Novo, foi alvejado três vezes e foi a óbito.
“Não deixo dinheiro em caixa. Não confio em todo mundo que aparece aqui. Sou muito discreta ao entrar e sair da empresa. Vivo meio assustado com a onda de assaltos”. O relato, em tom de desabafo, é de um gerente das Lojas Romera, que pediu ao ac24horas para não ter o nome revelado.
Assaltado doze vezes, o gerente da Romera disse que os funcionários estão com medo de trabalhar. O gerente recebeu por telefone nova ameaça de assaltos e diz que não sabe mais o que fazer para garantir a segurança de seus funcionários.
“Tenho família, filhos, nossos funcionários também, não é obrigação nossa investir em segurança particular. Nossa obrigação fazemos que é pagar nossos impostos e gerar emprego e renda”, acrescentou o gerente.
Outro empresário que com medo pediu para não ter seu nome revelado, um dos proprietários da City Lar, confirmou o clima de insegurança vivido dentro das empresas.
Para a associação comercial do Acre, “não é competência dos donos de lojas o investimentos em equipamentos de segurança, mas do estado”, disse por telefone Jurilande Aragão.
Aragão protesta pela falta de uma estratégia que vise coibir a ação dos assaltantes. Da mesma maneira que é uma obrigação das empresas gerar riquezas, é obrigação do Estado prover a segurança para todos.
Ainda de acordo a Associação Comercial, o foco dos assaltantes é em aparelhos eletrodomésticos: celular e computador, “uma pista que deveria contribuir para uma ação estratégica dos operadores de segurança do estado”, concluiu Jurilande.
Os empresários não quiseram divulgar valores de perdas em assaltos, mas garantem que o volume é assustador.