Batizada com o nome do tio do então governador Jorge Viana , a passarela governador Joaquim Macedo, inaugurada no dia 27 de outubro de 2006, se tornou um dos principais cartões postais da cidade de Rio Branco, mas de uns anos para cá vem sofrendo com a depredação de vândalos e o descaso do poder público.
Tida como “a menina dos olhos” do hoje senador Jorge Viana, a passarela, que ganhou o apelido popular de “Pinguela do Jorge” e corta as águas do rio Acre, tem 200 metros de extensão e 5,50 metros de largura. Com a estrutura estaiada e a base fixada por cabos. Ela é usada exclusivamente por pedestres e ciclistas que cruzam o rio Acre, unindo o Centro da cidade aos bairros do Segundo Distrito.
A reportagem de ac24horas foi até a passarela registrou com fotos as condições da obra que custou cerca R$ 12 milhões aos cofres públicos. Com a pintura descascada e enferrujada, o piso encontrasse em estado crítico. Tábuas foram arrancadas com o passar do tempo. Cerca de 30% das lampadas que embelezam a passarela no período da noite estão queimadas ou estouradas pela ação dos vândalos.
Um comerciante da região, que não quis ter o seu nome divulgado, informou que a atual situação da passarela é calamitosa. “Trabalho nessa região desde que esse mercado e essa passarela foi inaugurada. No começo isso aqui era uma beleza. Tinha segurança, iluminação e o movimento era constante. Hoje, quando chega perto das 20h, não tem mais ninguém. Quem vai ter coragem de andar por aqui. Tem assalto direto nessa passarela. Os marginais passam em suas bicicletas e roubam os pedestres”, revelou o empresário.
No dia 3 de julho deste ano a passarela foi interditada para a passagem de pedestres e ciclistas. De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros do Acre, coronel Pires, foram registradas diversas queixas dos transeuntes acerca de sons como estalos vindo da estrutura durante a passagem pela passarela.
Técnicos de engenharia civil avaliaram toda a estrutura da passarela Joaquim Falcão Macêdo e na época asseguraram ao governador Sebastião Viana que a estrutura não sofreu nenhum dano. Os engenheiros explicaram que os barulhos ouvidos por pedestres ocorreram devido a uma pressão feita pela movimentação do solo na área da entrada da passarela, em seu lado esquerdo, localizado no Mercado Velho.
“A passarela está sofrendo um empuxo do maciço [solo] que está se movimentando e isso precisa ser aliviado imediatamente. Então a proposta é que se cave um trincheira da região do ‘encontro 1’ da ponte que alivie imediatamente e permita o tráfego normal na passarela”, detalhou o engenheiro civil Pedro Almeida, na época.