Na conversa, Bocalom revelou que algumas pessoas irão com ele para o DEM, mas não citou os nomes. O ex-tucano disse que o deputado federal Marcio Bittar, hoje comandante do PSDB no Acre, “é um amigo” e que apesar das desavenças, tem certeza que Bittar “comandará o partido de forma coerente”.
Tentando não polemizar, Tião Bocalom foi instigado e revelou que a “forma” como ele foi tratado por Marcio Bittar em um evento em Sena Madureira o deixou muito mal e relembrou também a entrevista dada por ele ao Gazeta Entrevista, em que o deputado dizia que concordava com a opinião do cronista Toinho Alves, que na época, criticou a oposição.
O agora presidente do DEM no partido disse ainda que dentro do PSDB deveria ter uma divisão pode poder. Ele revela que foi se sentindo isolado nos últimos tempos e isso motivou a sua saída do ninho tucano.
Bocalom revelou ainda que passou por um grande constrangimento ao ir nesta quinta-feira, 29, a sede do partido tucano para se desligar oficialmente. “Cheguei lá e a minha sala estava trancada. Falei com a moça, e ela me disse que recebeu ordens superiores para que eu não entresse sozinho na sala. Ai é de doer”, disse.
Perguntado se seria candidato ao governo pelo DEM, Bocalom disse que é “soldado do partido”. “Eu vou chegar no DEM. Vamos rodar o Estado inteiro. Quero conversar com todos os diretórios e ver o que pensa a base do partido. Eu não tenho duvida que daqui uns 30 ou 60 dias a gente terá um decisão sobre o assunto”.
Em nenhum momento o eterno candidato derrotado mostrou-se envergonhado do tom da entrevista. E nem ficou vermelho.
Da redação ac24horas
Rio Branco, Acre