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Trabalhadores do Depasa que aderiram paralisação podem ter ponto cortado

Os trabalhadores do Departamento de Pavimentação e Saneamento do Acre (Depasa), que nesta segunda-feira (26), iniciaram uma paralisação de dois dias, podem ficar no prejuízo no final do mês. Isso porque a autarquia ameaçou cortar o ponto dos servidores que não foram ao trabalho.


A greve é garantida pela Constituição como um direito social de qualquer trabalhador. Apesar disso, a ameaça foi feita por meio de circular distribuída por membros da diretoria executiva de Gestão entre as gerencias internas do departamento. “Servimo-nos do presente para informar-lhes que, durante o período de paralisação dos servidores, os pontos de frequência de quem não comparecer ao trabalho devem ser devidamente ‘cortados’. Essa decisão administrativa permanece até segunda ordem”, diz o texto.


A medida provocou reações no Sindicato dos Urbanitários. O vereador Marcelo Jucá, que também é secretário-geral da entidade, se disse surpreso. Segundo ele, desde a reversão do Saerb da Prefeitura de Rio Branco para o governo do Estado, o sindicato vem tentando uma solução para a aplicação do Plano de Cargos, Carreira e Salários dos trabalhadores do Saerb e o Depasa diz não ter autonomia para tanto.


“Eles não tem autonomia nem mesmo para executar pequenas melhorias nas condições de trabalho dos operadores de bomba, como construir uma guarita na estação do São Francisco, mas são rápidos em fazer ameaças aos trabalhadores”, criticou. “É triste porque o governo da Frente Popular sempre respeitou o movimento sindical”, afirmou Jucá.


O presidente do Sindicato, Fernando Barbosa também criticou a decisão, que segundo ele, fere direitos constitucionais. “Este tom de ameaça a um movimento legítimo não combina com o pensamento dos partidos que constituíram a aliança Frente Popular do Acre. Ficamos surpreendidos e esperamos que a ameaça não se concretize”, comentou.


O Sindicato informou que a paralisação terá rosseguimento nesta terça-feira e tem a adesão da maioria dos servidores, respeitando a manutenção dos 30% nas áreas essenciais.


A categoria reivindica reajuste de 15% de perdas e ganho real e a implementação do PCCS já aprovado pelo ex-prefeito Raimundo Angelim.


Da redação ac24horas


Com informações do Sindicato dos Urbanitários


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