Em coletiva de imprensa, na noite desta sexta-feira (23), na prisão Palmasola de Santa Cruz, o Ministro do Governo Carlos Romero, disse que 30 pessoas morreram e 38 ficaram feridas após a rebelião na unidade prisional. Ele revelou ainda que, os presos do Bloco “A” do presídio foram atacados por um outro grupo, com facões, facas, paus e cilindros de gás liquefeito, que foram usados como lança-chamas e causar intoxicação.
A imprensa boliviana informou que, entre os mortos, estaria uma criança de um ano e meio, que vivia com o pai na prisão.
Ontem à noite, os cadáveres foram levados da prisão para o necrotério do Hospital San Juan de Dios. Dos feridos, 22 recebem atendimento na prisão.
Durante todo o dia o que se viu foram cenas dolorosas de parentes dos detentos que buscavam alguma informação, na ausência de dados oficiais.
A rebelião aconteceu na prisão de Palmasola, que abriga cerca de 5000 presos, na área denominada Chonchocorito, a prisão de segurança máxima e considerado o mais polêmico.
O ministro disse que foram encontradas cápsulas, por isso, existe a hipótese de que, foram usadas armas de fogo no confronto.
“Os detentos abriram um buraco na parede que divide os dois pavilhões e tanques de gás doméstico usado para estrangular os outros prisioneiros, usando-os como se fossem mesmo lança-chamas, provocando um incêndio que rapidamente se espalhou por colchões de palha que estavam em células, disse ele.
A polícia levou várias horas para apagar o fogo e tomar o controle da prisão.
A maioria das pessoas que morreram estavam no segundo andar da seção onde houve incêndio causado pela explosão dos cilindros. “As vítimas ficaram presas pelo fogo”, disse o ministro. Ainda não foi divulgada uma lista com os nomes dos envolvidos.
É o incidente mais grave ocorreu prisão no país, por uma disputa pela liderança e espaços dentro de um criminoso.
O setor onde ocorreu o confronto deveria abrigar entre 150 e 200 presos, mas atualmente tinha cerca de 500 detentos.
Da redação ac24horas
Com informações do site Los Tiempos