O advogado criminalista acreano Júlio Cavalcante Fortes promete entrar com uma ação popular na Justiça para pedir que todos os impostos pagos pela Telexfree sejam devolvidos pela União, pelo estado do Acre e em todas as outras unidades federativas em que a empresa se instalou. “Só de imposto de renda em 2012 o governo federal recolheu R$ 59 milhões da Telexfree. Isso é um paradoxo. Como eles recolhem imposto de uma empresa que consideram inidônea? Se o Estado diz que os donos da empresa são um bando de estelionatários, como é que ele recolhe os impostos?”, questionou.
O advogado defende que o governo é corresponsável pelos danos que a suspensão dos serviços da Telexfree têm causado aos investidores, já que as pessoas só entraram para a empresa porque os governos federal e estadual permitiram que ela funcionasse de forma legal.
Fortes acredita que a Justiça não pretende voltar atrás na decisão e que o único modo de as pessoas lesadas recuperarem o prejuízo é acionar a União. “Realmente a Telexfree é uma pirâmide financeira. Ela é fictícia. Não tem loja, prédio ou sede. A empresa é virtual, não tem telefone e ninguém sabe quem são os gerentes. As pessoas prejudicadas não vão ter o dinheiro de volta. Isso só acontecerá se processarem a União”, avaliou.
O estado da Bahia, a Associação de Proteção aos Investidores de Multinível (Apim) tenta fazer com que ao menos os investidores já cadastrados recuperem o dinheiro despendido.
O presidente do grupo, Felipe Senna, afirmou que enviaria ao Acre uma comitiva de quatro advogados para tentar intervir no caso.
Da redação ac24horas
Com informações do site Bahia Notícias
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