Moradores do Santo Afonso fecham a BR364, prefeitura não aparece e Justiça concede liminar para impedir protesto

Ray Melo, da redação de ac24horas
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Revoltados com o que eles classificam de enganação do prefeito Marcus Viana (PT), os moradores do residencial Santo Afonso bloquearam a BR-364 na manhã desta quinta-feira (1o), em protesto pela situação precária do bairro.

A lua de mel do atual prefeito com os populares chegou ao fim e, após mais uma reunião infrutífera na noite da última terça-feira, com os representantes da prefeitura de Rio Branco, eles decidiram bloquear a estrada.

A manifestação provocou um congestionamentos quilométrico nos dois sentidos da BR. Em determinados momentos os ânimos se acirraram entre condutores que tentaram furar o bloqueio e foram impedidos pelos moradores.

Eles reivindicam a pavimentação, implantação de rede de água e esgotamento sanitário, escolas, creches e denunciam a falta de segurança no local. Os moradores dizem que precisam se trancar com medo de roubos e assaltos.

Os cartazes afixados na madeira que foi usada para fechar a BR demonstrava revolta dos moradores que pediam que os administradores petistas encarassem os populares para resolver seus problemas como fizeram para pedir votos.

A BR permaneceu bloqueada das 6h30min até às 8h30min. Nenhum representante do prefeito Marcus Viana apareceu no local. A PRF compareceu ao local com uma ordem judicial para dispersar o movimento e liberar a rodovia.

A liminar para acabar com o protesto dos moradores foi concedida pela 2a Vara Federal. Os agentes da PRF cientificaram os populares que se eles não saíssem seriam multados em R$ 10 mil e os policiais estariam autorizados a usar a força.

A decisão da Justiça Federal provocou a ira dos manifestantes que contestaram a medida e pediram que a Justiça olhasse também para o caos que eles enfrentam diariamente com a poeira, a lama e as doenças causadas pela falta de estrutura.

Os líderes do protesto informaram que fariam uma caminhada até a sede da prefeitura da capital. Eles querem interversão imediata do poder público no residencial Santo Afonso e dois bairros adjacentes.