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Ex-guardas denunciam que governo do Acre entrou na Justiça para suspender atendimento médico especializado aos infectados pelo DDT

Por
Roberto Vaz

Ray Melo, da redação de ac24horas
raymelo.ac@gmail.com


O presidente da Comissão DDT e Defesa pela Vida, Aldo Moura denunciou durante reunião no auditório da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), nesta segunda-feira (22), que o Governo do Acre teria entrado na Justiça para suspender o atendimento médico especializado aos ex-guardas da extinta Sucam, contaminados pelo pesticida Dicloro-Difenil-Tricloroetano (DDT).


A denúncia foi feita a deputada Perpétua Almeida (PCdoB), ao senador Sérgio Petecão (PSD), aos deputados estaduais Moisés Dinis e Eduardo Farias, do PCdoB e representantes do Ministério Público Federal (MPF) que entrou com a Ação Civil Pública que determinava o tratamento dos ex-guardas, e um representante da Defensoria Pública da União (DPU).


Apesar de exames e laudos médicos confirmarem a presença do DDT nos corpos dos funcionários da Sucam que borrifavam casas com o pesticida, foi “declarado improcedente o pedido do MPF para abarcar uma classe de pessoas diferenciadas em razão de contato com um produto que sequer se sabe causar tais ou quais malefícios aos expostos a ele”.


A liminar que suspendeu o atendimento especial e negou benefícios como indenização aos pacientes expostos ao DDT foi deferida pelo juiz federal, Guilherme Michelazzo Bueno. O representante do MPF informou que teria recorrido da decisão, mas o recurso ainda não teria sido enviado à instância superior, em Brasília.


O atendimento especial aos ex-guardas foi suspenso desde o dia 31 de janeiro de 2012. De acordo com Aldo Moura, enquanto a medida perdurou várias mortes foram evitadas. “Com a suspensão do atendimento domiciliar às vítimas do DDT, novas mortes foram registradas em 2013. Estávamos há dois anos sem nenhum óbito”, destaca Aldo Moura.



A deputada federal Perpétua Almeida informou que marcará novas audiências com o governador do Acre e com os gestores da Secretaria de Saúde. O objetivo da parlamentar é sensibilizar os gestores públicos para a necessidade do atendimento especial aos servidores que sofrem com os sintomas da intoxicação do DDT. 


“Saímos dessa reunião satisfeitos com os resultados. Com o envolvendo das instituições. Nos falta ainda resolver a retomada do tratamento gratuito dos doentes, o que penso que será resolvido em breve. Vou conversar com a secretaria de saúde, Sueli Melo e tenho certeza que ela vai nos atender. A Sueli e uma mulher sensível e nao vai deixar esses trabalhadores morrerem a míngua”, disse Perpetua.


“O Governo do Acre entrou na Justiça para suspender atendimento médico especializado aos infectados pelo DDT. Talvez os gestores estaduais não tenham conhecimento da agonia vivida pelos infectado e por suas famílias que sofrem com a falta de recursos para pagar pelo tratamento adequado aos homens que deram suas vidas pelo Acre”, finaliza Aldo Moura.


 


 


 


 


 


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Roberto Vaz

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