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Descontentes, professores pretendem denunciar Sinteac e Sinplac no Ministério Público

Depois de 24 dias de greve e dos sinais claros de que o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac) e Sindicato dos Professores Licenciados do Acre (Sinplac) estão atrelados ao Governo estadual, professores da rede pública de ensino resolveram radicalizar e já falam em criar uma comissão para negociar diretamente com a equipe de governo.


O ponto crítico da crise entre sindicatos e manifestantes aconteceu na manhã desta sexta-feira, 19, depois que mais de 20 seguranças foram postos na entrada do Colégio estadual Barão do Rio Branco – CEBRB – para impedir a entrada dos professores para participar da assembleia geral da categoria, o que, segundo os professores, seria uma demonstração clara de manobra para enfraquecer o movimento.


Enquanto a diretoria dos sindicatos estavam aquartelados nas dependências da escola, centenas de manifestantes protestavam do lado de fora, na Avenida Getúlio Vargas, centro de Rio Branco.


Em greve a 24 dias, os professores recusaram todas as contrapropostas de negociação encaminhadas pelo governo, que já antecipou que qualquer tipo de aumento salarial somente pode ser concedido a partir de 2014.


A confusão gerada presença dos seguranças no portão da escola só acabou depois que os manifestantes acionaram a Polícia Militar que interveio e liberou a entrada dos professores. Os dirigentes sindicais que estavam na escola usaram um portão nos fundos da escola para sair sem precisar passar pelo meio dos manifestantes. Uma comissão de professores declarou que formalizará denuncia ao Ministério Público contra os sindicatos, que, de acordo com os grevistas, estariam pagando os seguranças privados com dinheiro do sindicato.


“Vamos levar ao conhecimento do Ministério Público essa bandalheira que está acontecendo dentro do Sinteac, é inadmissível o sindicato pagar com o nosso dinheiro seguranças para barrar a entrada dos sindicalizados em uma assembleia em que seria votada o futuro da categoria”, disse o professor Renan Pontes.


Por conta da confusão que se formou na frente da escola a assembleia geral foi suspensa, os manifestantes realizaram uma passeata que percorreu as principais ruas do centro de Rio Branco. Os grevistas realizaram uma parada em frente a Casa Rosada, sede do Governo e depois seguiram para frente do Ministério Público, onde a sindicalista Alcilene Gurgel, do Sinplac, apresentou mais uma contraproposta enviada pelo equipe de Tião Viana, que também foi rejeitada.


O manifesto seguiu até a Praça da Revolução, em frente a prefeitura de Rio Branco, onde a categoria deliberou por mais uma assembleia que será realizada na próxima segunda-feira, 22, até lá a greve da educação continua.


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