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Advogado de Osmir Neto diz que seu cliente é vítima de “denunciação caluniosa” motivada por interesse financeiro

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Roberto Gaz
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Luciano Tavares – da redação de ac24horas
lucianotavares.acre@gmail.com


O advogado de Osmir Neto, Carlos Venicius Ribeiro, inocentou, durante entrevista nesta sexta-feira, seu cliente de várias acusações e disse ainda que o colunista social e empresário é vítima de “denunciação caluniosa”. 


Segundo o advogado, Osmir é tratado pela Polícia Civil do Acre como um bandido de alta periculosidade. Ele levanta suspeição no depoimento das meninas, também envolvidas na Operação Delivery, responsáveis pelas denúncias contra o colunista social.  “O senhor Osmir Neto não é culpado de todas essas imputações que são colocadas a ele. A Polícia Civil tem tratado o meu cliente como um bandido de alta periculosidade quando na verdade essa não é a realidade. Criminalmente nenhum fato ilícito o culpa de ter cometido um crime. O que há são investigações da Polícia Civil com base em declarações de vítimas que prestaram depoimento em sede policial sem a participação de advogado, sem a presença muitas vezes de um maior responsável. Temos que lembrar uma coisa. É que 70% dessas meninas que são consideradas vítimas na Operação Glamour, também foram consideradas vítimas na Operação Delivery e quando chegaram na frente do juiz negaram tudo o que disseram na delegacia. A história é a mesma só muda os personagens”.

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Carlos Venicius questiona o fato de a Operação, que prendeu Osmir, ter durado três anos.  “Se houve esse aumento indiscriminado das supostas vítimas, isso se deve a inércia da Polícia Civil. A Polícia Civil afirmou que há três anos investiga o acusado e que o acusado reiteradamente comete esses crimes. Se isso fosse verdade por qual motivo o acusado não foi preso antes? É um questionamento da defesa! Se ele era um cidadão contumaz na prática delituosa porque não pedir a prisão antes? A Polícia Civil do Estado do Acre foi inerte”, dispara.


No dia 03 de julho, dia da prisão de Osmir Neto a Polícia falava em 15 vítimas abusadas pelo colunista. Hoje já são 38, segundo inquérito policial do delegado Getúlio Teixeira encaminhado na terça-feira passada à Justiça.


Para o advogado Carlos Venicius, a sentença do juiz Romário Divino, que condenou os acusados da Operação Delivery a pagar indenização às supostas vítimas motiva novas denúncias contra seu cliente.


“O fato interessante é que antes de o juiz arbitrar essas condenações  monetárias, essas condenações em dinheiro, só existiam 15 vítimas, mas depois da divulgação da informação de que o juiz arbitrara multa já subiu pra mais de 18 número de supostas vítimas. Muitas das supostas vítimas negaram participação da Operação Delivery, o fatos em juízo e o juiz vem e concede valores para aquelas que forem lá e dizer que o fato existiu. É complicado. Nós vamos parar aonde. No meu ver essa condenação em valores está incentivando a prática de denunciação caluniosa. E é um incentivo a mentira”, completa.


O advogado também informou que entrou com pedido de habeas corpus em favor de Osmir junto ao Pleno do Tribunal de Justiça do Acre. O pedido é apreciado pelo desembargador Francisco Djama.


Inquérito do caso Osmir Neto já foi enviado à Justiça


O delegado Getúlio Teixeira, titular do Núcleo de Atendimento à Criança e ao Adolescente, encaminhou à Justiça o inquérito policial que investigava uma série de crimes cometidos pelo colunista social e empresário Osmir Neto, preso no último dia 03, por ordem do juiz da 2ª Vara da Infância e Juventude de Rio Branco, Romário Divino.


Osmir foi indiciado e vai responder por sete crimes: estupro de vulnerável (com vítima de menores de 12 anos), estupro, tentativa de estupro de vulnerável, tentativa de estupro, violação sexual mediante fraude.


Trinta e oito meninas foram ouvidas e todas elas confirmaram que foram abusadas pelo colunista social.


O inquérito tem 1.186 folhas, onde constam laudos psicológicos e periciais, depoimentos e exames de conjunção carnal. O volume foi encaminhado à 2ª Vara da Infância e Juventude, que deve remetê-lo ao Ministério Público. Ao MPE caberá ou não, após analisar as provas, oferecer a denúncia contra Osmir Neto à Justiça.


Osmir Neto foi preso no escritório da Órion Produções, no Centro Empresarial, no dia 03 deste mês, durante a Operação Glamour. As investigações duraram 03 anos. Na sala em que Osmir mantinha sua empresa, policiais apreenderam revistas pornográficas, peças intimas, CD’s, um computador e até camisinhas. 


A reportagem não conseguiu localizar o delegado Getúlio Teixeira, titular do Núcleo de Atendimento à Criança e o juiz da 2ª Vara da Infância e Juventude de Rio Branco, Romário Divino para falar sobre o assunto.


 


 


 


 


 


 


 


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