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Professor resolve abrir a “caixa preta” da educação e revelar o que existe por trás dos muros das escolas consideradas modelo

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Roberto Gaz
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Jairo Carioca – da redação de ac24horas
carioca.ac24horas@gmail.com


O professor Cleilton Pessoa, da rede estadual de educação, cobrou do governador Sebastião Viana o capital da industrialização vendida pelos marqueteiros do governo. Para ele, ao repassar a imagem de um estado industrializado o governo induz a população a acreditar que o Acre se capitalizou. “Nós professores queremos saber onde está esse capital, uma vez que esse mesmo estado não é capaz de conceder reajustes aos seus servidores”, analisou.


O professor também cobra dos sindicatos uma solução para o impasse. “Nos chamaram para as ruas, disseram que era possível e agora?”, questiona Cleilton.


Integrante do movimento de professores independentes – que não se sentem representados pelos sindicatos – Cleilton diz que por trás da greve existe uma luta por educação de qualidade que em momento nenhum é mostrada pelos sindicalistas.

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Ele resolveu revelar a realidade existente atrás dos muros e das paredes das escolas consideradas modelo e fala da falta de planejamento, de merenda de qualidade e até de profissionais para o trabalho da educação.


“Vou começar pela minha que não tem sequer energia de qualidade. Se ligarmos o sistema de ar-condicionado o laboratório de informática não funciona. A quadra [de esporte] que existe na planta até hoje não saiu do papel. Assim como a escola Clícia Gadelha, localizada no São Francisco, muitas com nome de modelo não foram concluídas”, acrescentou.


Ainda de acordo o professor, o profissional é cobrado para trabalhar em uma estrutura que para a sociedade é vista como ideal, “mas que não apresenta condições de trabalho”. Até a merenda escolar não é de qualidade. Cleilton disse que em alguns dias  é servido biscoito  resfriado como merenda.


“As paredes correspondem ao que a propaganda diz, mas a realidade é muito diferente. Tem escolas que a reforma começou depois do início das aulas, outras tiveram professor de português no meio do ano”, comentou.


Amanhã o secretário de educação Daniel Zen ficou de apresentar uma contraproposta do governo com relação a greve dos professores estaduais. Mas já adiantou que não existe qualquer possibilidade de aumento para 2013.


AVALIAÇÃO


Nesta quinta-feira (18), o Sindicato dos Professores Licenciados do Acre (Sinplac) vai reunir a imprensa para falar sobre a avaliação dos 18 dias de greve em todo o estado. Os dirigentes sindicais também irão fazer uma exposição das propostas apresentadas ao governo estadual e à prefeitura de Rio Branco. A pauta também será debatida durante assembleia geral na sexta-feira. A coletiva de imprensa será na sede do Sinplac, ao lado da Biblioteca Pública, a partir das 9 h.


 


 


 


 


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