Luciano Tavares – da redação de ac24horas
[email protected]
O professor Geraldo Cordeiro está entre os milhares de servidores da Educação do Estado que paralisaram suas atividades há dez dias. Durante protestos na manhã desta quinta-feira, em frente à Assembleia Legislativa do Acre, onde professores e pessoal de apoio estão acampados embaixo de tendas, ele se disse indignado com a indiferença do governo ao pedido da categoria. Segundo o professor, o mesmo governo que diz que não pode conceder o reajuste de 15% aos servidores, contrata empresa por R$ 2 milhões para fazer pesquisa sobre o nível de aprovação da atual administração e ainda paga pessoas para ficarem nas redes sociais monitorando postagens críticas ao governador.
“O que se sabe é que tem aí uma pesquisa contratada de R$ 2 milhões para conferir se o governo está fazendo um bom papel. Quantos DAS foram criados, quantos cargos comissionados? Tem gente contratada pelo governo para ficar nas redes sociais, para ficar no Facebook olhando o que a gente publica. Sem falar nos empréstimos. E como é que o governo diz que não tem dinheiro para a nossa categoria que está sofrendo com essa inflação galopante?”
O professor Geraldo Cordeiro também repudiou uma declaração do secretário de Educação, Daniel Zen, que teria dito que os professores aproveitam a onda de manifestações no país para paralisar suas atividades. “O secretário falou que nós estamos aproveitando um movimento nacional de rebeldia, de contraposição. Nós professores estamos é revoltado com o governo atual, que não valoriza a Educação”, disse o professor.
Os servidores dizem que só voltam ao trabalho, após o governo conceder a progressão funcional extraordinária, a chamada pulada de letra, para professores e servidores não-docentes e reenquadramento de professores, servidores de apoio e técnicos administrativos educacionais, além do reajuste salarial de 15%.
Por outro lado, o Governo do Acre apresentou a contraproposta informando que só pode cumprir a pauta da Educação em janeiro e maio de 2014.