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“Não adianta contratar médicos se não tem estrutura nos hospitais”, diz presidente do Sindimed durante coletiva

Gleydison Meireles – da redação de ac24horas
ggreyck@gmail.com


O Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed/AC) realizou na manhã desta quarta-feira (3) uma coletiva para apresentar o posicionamento do sindicato sob a contratação de cerca de seis médicos cubanos que trabalharão no Brasil.


O presidente da entidade, José Ribamar Costa disse que o governo federal alega existir a falta de médicos, mas estudos demográficos demonstram que existem médicos suficientes, mostrando que existem ações obscuras por trás da medida tomada pela presidente.


“Na verdade, a deficiência do Sistema Único de Saúde (SUS) está diretamente ligada à falta de uma gestão mais eficiente e de recursos públicos. As entidades médicas demonstram a incapacidade do governo que joga pra mídia que a contratação de médicos cubanos seria a salvação dos problemas na saúde. O governo tenta encobrir a deficiência da saúde para continuar com campanhas mirabolantes na tentativa de obter votos para mandatos seguintes, garantindo a manutenção do poder”, declarou o médico.


A presidente da Associação de Médica do Acre (Amac), Jene Greyce falou que os municípios brasileiros sofrem com a falta de unidades de saúde bem aparelhadas, de medicamentos e também pelo abandono do governo federal em repassar mais recursos para o melhoramento da saúde pública.


“Temos pouco mais de 800 médicos no Acre, mas não adianta ter médicos se faltam medicamentos e estrutura nas unidades hospitalares. Para se ter uma ideia cirurgias foram suspensas na Fundação Hospitalar por falta de dipirona, isso é um contrassenso, querem contratar médicos cubanos se não tem nem medicamentos como a dipirona”, disse a presidente da Amac.


O presidente do Sindmed fez questão de esclarecer que a entidade não é contra a imigração, mas, para o exercício profissional, apenas defendem que as pessoas formadas em instituições estrangeiras passem pela Revalidação do Diplomas (REVALIDA), promovido pelo Ministério da Educação (MEC) com o aval do Ministério da Saúde (MS), aprovado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), Federação Nacional dos Médicos (FENAM) e Associação Médica Brasileira (AMB). O objetivo é garantir que o profissional possa ter o conhecimento técnico capaz para o exercício da medicina.


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