As manifestações populares que tomaram o país nas últimas semanas levaram o senador Jorge Viana (PT) a subir a tribuna para defender uma “reforma política radical”, que incluiria até a possibilidade de redução do número de parlamentares e o financiamento público de campanha. “Estamos esperando o quê? O parlamento precisa aproveitar o momento para discutir agora uma reforma política radical”, disse. “O Congresso tem que sair da zona de conforto para se reunir e construir uma agenda mínima”.
Ele saudou a iniciativa da presidenta Dilma Rousseff de abrir o diálogo e receber representantes do Movimento Passe Livre, em reunião no Palácio do Planalto nesta segunda-feira, 24 de junho. Mas disse que o Congresso Nacional poderia aproveitar o momento para também atender ao clamor das ruas, abrindo debate para a reforma política, inclusive com o lançamento de candidaturas avulsas. “Não tenho dúvidas que precisamos tirar da política a determinante influência do poder econômico”, defendeu.
O senador do PT do Acre reiterou a necessidade de uma reunião urgente da Mesa Diretora do Senado para abrir o debate e estabelecer uma agenda mínima para dar satisfações aos jovens que tomaram as ruas. Ele disse que o Colégio de Líderes do Senado precisa se reunir para estabelecer uma pauta de mudanças estruturantes no sistema político brasileiro. O líder do PT no Senado, Wellington Dias (PT-PI), concordou com a manifestação de Viana. “É chegada a hora da reforma política”, comentou.