A ex-ministra Marina Silva avaliou que o governo de Dilma Rousseff (PT) está marcado pelo retrocesso e por isso o Brasil corre risco de perder as conquistas dos outros governos. Para criar a Rede Sustentabilidade, Marina Silva disse que está sofrendo o mesmo que Lula sofreu durante a criação do PT.
“Já conseguimos 570 mil assinaturas em quatro meses e temos mais de 10 mil voluntários no país inteiro. Pela quantidade de assinaturas, já estamos criados, mesmo sem tempo na TV, mesmo com as críticas. Da mesma forma que faziam com o Lula estão fazendo agora. E estão fazendo exatamente aquilo que criticavam antes. Tentam evitar nossa criação por medo de novas ideias “, declarou Marina Silva.
Fazendo uma análise do atual governo, a ex-ministra destacou como negativa a mudança no Código Florestal. “O governo FHC foi marcado pela estabilidade política. O de Lula, pela inclusão social, mas o da Dilma não tem marcas positivas, apenas o retrocesso. A mudança no Código Florestal anistiou os responsáveis por milhares de hectares desmatados. Com isso, o desmatamento aumentou em 80% e reduziu-se as unidades de conservação criadas em outros governos. O Brasil corre risco de perder mais conquistas”, afirmou.
Eleições
Marina se disse contra a antecipação das eleições, mas ponderou que Lula já cumpriu seu papel como presidente. Uma das principais bandeiras da Rede Sustentabilidade, segundo ela, é a limitação de candidaturas. “Política não é profissão. Defendemos que se pode ser senador, deputado, presidente, somente duas vezes. Sou contra a antecipação porque já não se tem intervalo entre as eleições. As pessoas disputam o poder pelo poder e não há tempo para discutir Educação, Saúde e outros pontos importantes”, argumentou.
A ex-ministra acrescentou que nenhum dos 30 partidos a representa e que a Rede Sustentabilidade é diferente especialmente por não ter diretório, mas um colegiado. “é um partido horizontal. Os partidos que existem hoje não estão atualizados para o novo momento político que o mundo está vivendo. Queremos quebrar o monopólio da política, que é mantido pelos atuais partidos”.
Movimentação online
Marina ressaltou que já pressentia que a mobilização das redes sociais iria às ruas. “Eu disse isso há três anos. Disse que uma hora isso iria transbordar do virtual para o real. Está surgindo um novo ativismo”.
Visita a Teresina
A ex-ministra criticou a lavagem de carros às margens dos rios. “Desenvolvimento sustentável não é o verde pelo verde. O Poti Velho está desmatado e o esgoto é jogado dentro do rio. Vi carros e carrões jogando resíduos dentro do rio. Um bacana ir lavar seu carro na beira do rio deveria ser multado”, argumentou.
Cura Gay
A ativista não defende o projeto de Cura Gay. “De acordo com a OMS, a homossexualidade não é doença, portanto, não se pode falar em cura”, explicou.
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