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Empreiteiras investigadas pela Policia Federal doaram generosos recursos à campanha de Marcus Viana e ao PT no Acre

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Jairo Carioca – da redação de ac24horas
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A generosidade das empresas envolvidas no esquema G-7 – operação desencadeada em maio deste ano pela Policia Federal – que colocou 15 agentes políticos e empresários atrás das grades, por suspeita de formação de cartel para fraudar e repartir entre sí obras de pavimentação em todo o Estado do Acre – não bateu na porta apenas dos irmãos Viana. Cinco empresas investigadas pela operação de combate à corrupção contribuíram com a campanha do atual prefeito de Rio Branco, Marcus Viana, do PT. Três delas através do Comitê Financeiro: a Albuquerque Engenharia, Construterra e Eleacre Engenharia [R$ 260 mil] e outras duas: a MAV e Ábaco via comitê estadual do partido. O total arrecadado pela executiva estadual do PT ultrapassou 1,1 milhão de reais. Para o ex-coordenador de campanha e atual Chefe da Casa Civil do prefeito Marcus Viana, André Kamai, essa relação é normal. “O sistema funciona assim”, acrescentou.

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Entre as empresas investigadas a contribuição maior para o Comitê Financeiro da campanha de Marcus Viana em 2012 foi feita pelo grupo Albuquerque. Em dois repasses foi transferido R$ 240 mil para a campanha petista em Rio Branco. A Construterra e Eleacre contribuíram com R$ 10 mil reais cada uma.


Mas existiu outra fonte de arrecadação feita pela executiva estadual do Partido dos Trabalhadores. Através dessa porta, a MAV foi a que mais doou um total de 515 000 mil reais. Além dos 240 000 mil já transferidos para o Comitê Financeiro de Marcus Viana, o grupo Albuquerque acrescentou mais 110 000 mil reais para a executiva estadual, totalizando 350 000 mil reais de investimentos. A Ábaco Engenharia doou 250 000 mil reais.


João e tião


O ac24horas apurou que esse total, R$ 1,1 milhão arrecadado pela executiva estadual do PT foi repartido entre os candidatos de todo o Estado, mas o então candidato Marcus Viana, que tinha como anjo da guarda de sua eleição, o governador Sebastião Viana, recebeu a maior fatia do bolo. O Comitê Financeiro de Marcus Viana informou gastos de campanha na ordem de R$ 2,6 milhões, mais da metade do que foi arrecadado para os candidatos petistas em todo o Acre.


HISTÓRIA QUE SE REPETE:


A relação entre as empreiteiras e o partido dos trabalhadores no Acre não é recente. O atual governador Sebastião Viana também foi beneficiado pelas doações das empresas. Em 2010 o seu comitê financeiro recebeu generosos 255 000 mil reais. A Eleacre doou 35 mil reais para o atual governador. O irmão de Sebastião, o atual senador Jorge Viana também recebeu dinheiro das empresas em sua campana, um total de 120 000 mil reais. Jorge é vice-presidente do Senado.


EMPRESÁRIOS DOADORES ENVOLVIDOS NO G-7


Os empresários maiores doadores das campanhas petistas e que estão envolvidos na Operação da Policia Federal são: José Adriano Ribeiro da Silva, João Francisco Salomão, ambos proprietários das empresas MAV e Eleacre e Sérgio Yoshio Nakamura, proprietário da Ábaco e ex-diretor do Deracre, departamento que também foi administrado pelo atual prefeito de Rio Branco, Marcus Viana.


andreNo topo da lista de contribuintes, a Albuquerque Engenharia é citada em diversas interceptações telefônicas feitas pela Policia Federal fazendo acordos ou ajustes com intuito de vencer licitações realizadas pelo governo do Acre. Uma das interceptações revelou que a Albuquerque Engenharia, a Engecal e Eleacre pretendiam lucrar 600 mil reais apenas com a diminuição de meio metro quadrado nas casas da Cidade do Povo. A conversa interceptada foi entre os empresários Vladmir Câmara Thomas (Engecal) e João Braga (empresa Albuquerque).


O OUTRO LADO:


<<< O coordenador de campanha de Marcus Viana, André Kamai disse que a relação do PT com as empresas é normal. “O sistema funciona assim”, comentou. Atual chefe da casa civil da prefeitura, Kamai disse “que todos os partidos fazem isso”.


Ainda de acordo o ex-coordenador de campanha, a relação com as empresas, pessoas físicas e doações espontâneas foi a mesma. “Tudo de forma muito transparente, informado em nossas prestações de contas. Buscamos dinheiro aonde podia”, concluiu Kamai.


 

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