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O empresário Cabide

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Jairo Carioca – da redação de ac24horas
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Sair da informalidade. Essa é a nova meta de vida do ex-vereador Cabide (PTC) que luta para documentar sua empresa de Industrialização de Produtos de Limpeza e se tornar no mais novo empresário de Rio Branco. Em seu plano de negócios, não tem previsão de uma nova aventura na carreira política abandonada em 2012.

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“Tudo que quero é montar minha empresa e continuar o trabalho que eu sempre fiz que foi fabricar detergentes”, falou.


Pose de empresário Cabide já tem, diz ter adquirido nas lições políticas após a fascinante eleição com 2.117 votos e a vida nos bastidores do poder. Mesmo tendo sido usado de forma cômica e, muitas vezes, como exemplo da descrença política do eleitor, Cabide assegura que entrou para a história como o “anão mais famoso do Acre”.


“Fiz política de gente grande”, destaca ao se lembrar que foi presidente interino da Câmara Municipal de Rio Branco.


Conhecedor dos bastidores, das piadas contadas no cafezinho e até de segredos dos gabinetes fechados, Cabide prefere não falar dos fatos que o levaram a desistir de ser candidato nas eleições de 2012. “Não tenho mágoas, pelo contrário, guardo em minha lembrança as amizades que fiz na carreira política”, comentou.


Sair da história de humor da política para o mundo competitivo dos negócios é o novo sonho de Cabide. Com o projeto químico pronto e carregado debaixo do braço, ele bate de porta em porta para concluir seu objetivo.


“Bem-aventurado o homem que suporta a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam”, citou Cabide.


 


 


ndedor ambulante de detergente que ele mesmo produz no quintal de uma modestíssima casa cuja parede faz divisa com o muro do cemitério São João Batista, em Rio Branco, Cabide emergiu das urnas como vereador eleito com 2117 votos, após participar de 17 disputas como candidato a vereador ou a deputado estadual.


Considerado o candidato mais pobre da campanha, conseguiu imprimir, com a ajuda de amigos, apenas 6 mil  santinhos coloridos e em preto e branco. A maior parte do material de propaganda ele mesmo confeccionou usando carimbos para destacar o nome dele, do PTC e do prefeito Raimundo Angelim (PT) em pedaços de papel.


Após passar parte das noites carimbando o seu material de propaganda, Cabide montava cedo na bicicleta que usa para fazer entrega de detergente. Percorria as ruas da cidade, especialmente pontos de ônibus, para fazer a entrega de santinhos e pedir apoio das pessoas para ser eleito vereador.


Ao longo da vida foram muitas as tentativas fracassadas, mas pessoas de vários segmentos sociais, especialmente estudantes, dessa vez resolveram assumir a candidatura de Cabide como protesto contra o baixo nível que tem prevalecido na Câmara Municipal de Rio Branco. Ele nega que a eleição seja um protesto.


– Protesto o povo faz contra algo que desagrada. A minha eleição é resultante do voto consciente da população – disse Cabide ao Blog da Amazônia nesta manhã, enquanto quebrava o jejum com café e pão na casa de um primo dele.

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Durante a campanha, foram criadas páginas de apoio ao candidato no Orkut, o que acabou evoluindo na semana passada para a realização de uma carreata com mais ou menos 40 carros e motos. Desfilaram pelas ruas da cidade para mostrar que Cabide estava na disputa para valer, conforme havia constatado pesquisa do Ibope.


Cabide, que nasceu no seringal Riacho, em Brasiléia, na fronteira com a Bolívia, talvez seja o único candidato que não comprou nenhum dos votos em Rio Branco. Após a vitória, o vereador eleito passou a ser reverenciado pelo povo. Todos querem abraçá-lo e parabenizá-lo pela vitória


 


 


 


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