Era de velório o clima ontem entre os petistas de Cruzeiro do Sul com a LIMINAR conseguida pelo prefeito Vagner Sales (PMDB), que o manterá no cargo até o julgamento de todos os recursos pendentes. Tiveram que guardar a carne do churrasco para não estragar, e consumir o chope para não chocar. E vão ter que engolir a permanência do “Coronel” (que é como lhe chamam os petistas) no mandato. O Direito é bonito por ter aquilo que se chama de contraditório, o que foi exercido no voto do ministro do STF, Dias Toffoli, ao conceder a Liminar. E “deixem o homem trabalhar”!
Solidariedade pública
O deputado Moisés Diniz (PCdoB) mostrou muita personalidade (ele é da base do governo) ao ser solidário ao PMDB e ao prefeito Vagner Sales, que terá seu mandato suspenso pela justiça.
Assim se faz
Recebo informação do assessor de imprensa da Câmara Municipal de Rio Branco, Tácio Jr, esclarecendo sobre nota na coluna que, a mesa diretora nem pensa em punir vereador que divulgue votos de colegas, e que na C asa não existirá o “voto-segredo”. A discussão travada na Casa foi a forma agressiva como alguns vereadores comentam na mídia os votos dos colegas. Fica registrada a explicação. Um bom assessor de comunicação é assim que age, Tácio.
Apertando o cerco
A oposição resolveu apertar o cerco contra seus deputados que fazem o jogo do governo. Foi formado na Assembléia um bloco parlamentar entre PP e PSDB. Com isso a deputada Maria Antonia (PP) perde a liderança do partido que ficará com o deputado Werles Rocha (PSDB).
Medida necessária
O deputado Werles Rocha (PSDB) disse que foi uma medida necessária, pois, ao seu ver, não é lógico o PP ser da aliança da oposição e ter sua deputada votando sempre a favor do governo.
Imprensado político
Além de perder a liderança do PP e seus cargos, Maria Antonia terá que seguir a orientação política do deputado Rocha, principal figura da oposição, que terá 7,5 minutos na tribuna.
Infidelidade partidária
Segundo dirigente do PP, esse é o primeiro passo para enquadrar Maria Antonia em “infidelidade partidária”. Se não votar com a oposição, pediremos seu mandato, disse ele.
Mesmo remédio
Outro bloco a ser formado é o do PTdoB e o PSD. A deputada Marileide Serafim (PSD), new governista, será tirada da liderança e substituída pelo deputado Gilberto Diniz (PTdoB).
Moenda de cana
Com isso os deputados Chico Viga (PSD) e Marileide (PSD) terão de acompanhar a oposição nas votações em plenário e ficar sob a liderança do oposicionista duro, deputado Gilberto Diniz.
Tempo folgado
Com a nova composição o deputado Gilberto Diniz (PTdoB) ficará com 7,5 minutos na tribuna.
Sinal verde
O senador Sérgio Petecão (PSD) já deu sinal verde à formação do bloco e será oficializado hoje, quando chegar em Rio Branco e, se reunir com as principais lideranças da oposição.
Principal ganho
O principal ganho da oposição na Assembléia é que subirá o tempo para 15 minutos com os dois blocos e tirará três votos do governo: Chico Viga, Marileide Serafim e Maria Antonia.
Como fica?
É dado como certo que os desembargadores Francisco Djalma, Eva Evangelista, Valdirene Cordeiro e Regina Longuini vão se declarar sob suspeição para votar o Habeas-Corpus do G-7.
No STJ
Se mais desembargadores declararem sob suspeição o Habeas-Corpus poderá ser julgado no STJ, o que implicaria numa demora de julgamento e a extensão da prisão dos acusados até lá.
Belo gesto
O senador Jorge Viana (PT) reconheceu ter errado e sido injusto ao acusar o ex-chefe de gabinete de Orleir Cameli, Sérgio Quintanilha, de peculato e pediu desculpas públicas, num belo gesto.
Homem de bem
Errar todo mundo erra e, igualmente, se cometer uma injustiça, quando se reconhece o erro se mostra virtude, diz a sabedoria árabe. E até porque o Sérgio Quintanilha é um homem de bem.
Muito tranqüilo
Quem tem conversado com o governador Tião Viana tem notado nele uma tranqüilidade surpreendente com a questão da G-7, e garantindo que, nenhuma obra vai parar por isso.
Pouco peso
Sobre o mesmo assunto já conversei com os principais dirigentes da oposição e ouvi quase uníssono, que o G-7 não terá peso fundamental na eleição de 2014, por não ter lhe atingido.
Vota na pessoa
Para governo se vota no perfil do candidato e não pelo fato de um ou outro secretário ter cometido deslizes. E, principalmente, se esse candidato estiver bem no mês da eleição.
Embargo de gaveta
Os requerimentos com pedidos de “Moção de Aplausos” à PF e à desembargadora Denise Bonfim não serão votados tão cedo na Aleac, era o que se ouvia ontem nos bastidores.
Briga na justiça
O deputado Werles Rocha (PSDB) prometeu ontem em uma roda de deputados que se houver uma demora protelatória para a votação, ele entrará com uma ação contra a mesa diretora.
Matéria polêmica
Outra matéria polêmica que está na Assembléia Legislativa para ser votada é a PEC-2, de autoria do deputado Gilberto Diniz (PTdoB), que acaba com as pensões de ex-governadores.
Não passa
Como depende dos votos da base do governo não será nem votada, sob o argumento de que matéria nesse sentido já está tramitando no Supremo Tribunal Federal. Preferem aguardar.
Mostrando lisura
Um exemplo da péssima gestão da ex-prefeita Eliane Gadelha (PT): deixou mais de 100 mil reais de dívidas com a Eletrobrás, que acabou cortando a energia da prefeitura de Assis Brasil.
Justiça fez justiça
O prefeito Dr. Betinho, que vem pagando em dias as contas de luz foi à justiça, ganhou a causa e a energia foi religada. Está conseguindo tirar Assis Brasil do buraco que se encontrava.
Avaliação isenta
Numa reunião ontem das principais lideranças da oposição na Assembléia Legislativa foi feita a seguinte conta: uma coligação PEN-PT faria 11 deputados. E a coligação PSDB- PP- PTdoB, poderia eleger de 9 a 10 deputados. E possível as coligações em 2014. São contas até certo ponto lógicas, pelo potencial forte dos candidatos.
Por Luis Carlos Moreira Jorge
