A Polícia Civil descobriu um esquema de falsificação de cartuchos para impressoras que funcionava na periferia de Paiçandu – região metropolitana de Maringá. No local, a polícia encontrou milhares de embalagens, lacres e até selos holográficos falsificados de cinco marcas importantes. Quatro pessoas foram presas. Uma agenda e notas fiscais apreendidas pela polícia revelaram que os cartuchos eram revendidos para lojas de várias partes do país, praticamente pelo mesmo preço do produto original.
Segundo o delegado-chefe da 9ª Subdivisão Policial (SDP), Osnildo Carneiro Lemes, as investigações tiveram início em Maringá, após a descoberta da central de falsificação que funcionava em um barracão situado no Jardim dos Pássaros, em Maringá. Na noite de quinta-feira, o proprietário transferiu todo estoque para outro imóvel situado na Rua Mário Monteschio, 102, Jardim Panorama, em Paiçandu. Uma equipe da Seção de Furtos e Roubos (SFR) invadiu a empresa na tarde desta sexta-feira (24) e flagrou quatro pessoas selando e embalando os produtos falsificados.
Um dos presos, Fagner Rodrigues Cloth, 23 anos, assumiu ser o dono da empresa e avaliou o estoque em R$ 200 mil. Inicialmente, ele alegou que havia iniciado as atividades há cerca de 10 dias, mas permaneceu em silêncio depois de os policiais localizarem uma agenda e notas ficais comprovando transações desde o final do ano passado. Os documentos revelaram vendas para os estados de Sergipe, São Paulo, Acre, Pernambuco, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina e Paraná. As notas emitidas estavam em nome de E.C da Silva Artigos Eletrônicos M.E., com endereço em Maringá. A polícia suspeita que a empresa tenha sido aberta em nome de “laranja”, como forma de burlar o pagamento de impostos.
O delegado explicou que os falsificadores compravam os cartuchos, já carregados, da China e apenas aplicavam os selos, lacres e embalagens das marcas HP, Lexmark, Brother, Xerox e Samsung. A qualidade do material falsificado impressionou os policiais. As investigações prosseguirão para saber se os compradores participavam de pregões e licitações públicas. A polícia também tentará identificar a gráfica responsável pela impressão das embalagens.
Fonte: O Diário.com