Por pouco, Nilson Mourão não rasga revista Veja de Alan Rick durante participação no Gazeta Entrevista

Luciano Tavares – da redação de ac24horas
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O secretário de Direitos Humanos, Nilson Mourão, e a chefe da Casa Civil, Márcia Regina, foram escalados pelo governador Sebastião Viana para defender o governo e o G-7, no Gazeta Entrevista – programa de entrevista com assuntos locais na afiliada da Rede Record – desta terça-feira.
Os dois secretários tentaram colocar em xeque a Operação da Polícia Federal ao explicar detalhes técnicos do Ruas do Povo e da Cidade do Povo, culparam a mídia pela exposição dos envolvidos e ainda inocentaram os empreiteiros e secretários presos acusados de fraude em licitações e desvio de dinheiro público.
A primeira a falar foi Márcia Regina. Ela disse que não há no Acre direcionamento de licitação. “A própria Polícia Federal reconhece isso em seu relatório. O que há é um edital em que as empresas vão e concorrem”. Ainda segundo ela, o programa Ruas do Povo é executado por 39 empresas, incluindo as sete, do chamado G7.
Depois, Nilson Mourão defendeu os secretários envolvidos ao dizer que acredita em seus companheiros e que o governador fez certo em não exonerá-los, “porque eles já estão afastados do cargo”, disse ele ao se referir a prisão.
Nilson Mourão também defendeu os deputados federais Taumaturgo Lima (PT), Henrique Afonso (PV) e Perpétua Almeida (PC do B) membros da base do governo, que estariam numa espécie de lista negra de Sebastião Viana por não terem saído em sua defesa na Câmara Federal diante das denúncias que repercutiram em todo o país.
Nilson acredita que eles ainda irão se pronunciar sobre o assunto. “É normal que eles aguardem mais informações. Eles estão tendo cautela e estão aguardando um subsídio mais substanciado da equipe técnica do governo”.
A secretária Márcia Regina explicou a razão de uma empresa ganhar a licitação do Ruas do Povo e outra executar a obra, como ocorreu em Manuel Urbano. Segundo ela “a lei de licitação prevê a sub-rogação. Muitas vezes a empresa ta contratada, mas por alguma razão ela não tem a capacidade de terminar. Então ela faz solicitação ao órgão (Depasa) para sub-contratar outra empresa e terminar a obra. Há previsão na lei pra isso”.
Mourão e Márcia Regina também tentaram explicar porque que em Tarauacá foram pagas 100% das ruas, mas só 25% foram executadas. “Pode ocorrer sim que tenha sido paga e não tenha sido executada o final da parte física da obra. Essa parte do asfalto e do tijolo é a parte mais barata da obra. A parte de base da rua, de drenagem, é a parte mais cara da rua. Por isso pode ter havido esse desencontro”, explicou Nilson Mourão. Ou seja, para o secretário não houve desvio, pelo contrário, faltou dinheiro para as empresas continuarem a obra.
REVISTA VEJA – Em determinado momento o secretário de Direitos Humanos, Nilson Mourão por pouco não rasgou a revista Veja do jornalista Alan Rick durante sua participação no Gazeta Entrevista desta terça-feira.
Tudo porque Alan ao entrevistar ele e Márcia Regina, a chefe da Casa Civil, usou a matéria da revista sobre a Operação da PF para fazer suas perguntas sobre o G-7.
Ao dirigir a primeira pergunta sobre o tema ao secretário de Direitos Humanos, Alan foi surpreendido com um pedido: “Alan me dê aqui”. “Não vai rasgar minha revista como o senhor fez na Câmara”, disse o jornalista brincando após atender o pedido.
Mourão: “Você começou o programa citando a revista Veja, como se a revista Veja fosse um meio de comunicação que tivesse credibilidade. Com honra e destemor rasguei a revista Veja no plenário da Casa. E não vou rasgar aqui no seu programa porque ela é sua. Porque isso aqui não serve pra nada!”
Mourão continua: “aliás, você ainda lê a Veja?”
Alan Rick: “eu leio a Veja e outras revistas”.
Mourão: “então não leia mais! Não perca seu tempo. Economize seu dinheiro pra viajar no fim do ano, porque isso não traz informação pra ninguém”.
Nilson Mourão foi manchete nacional ao rasgar um exemplar da revista Veja na tribuna da Câmara quando era deputado federal.

Na noite desta terça-feira, 28, milhares de pessoas lotam o Calçadão da Gameleira, na região do Segundo Distrito de Rio Branco, para acompanhar a cheia do Rio Acre – que registra na última medição 16,91 metros.
No decorrer do dia, o manancial acabou transbordando parte do calçadão e atraindo assim a atenção de curiosos que aproveitam o momento para observar a paisagem com amigos e familiares.
Em meio a atenção da multidão, muitos aproveitam o espaço e o público para ganhar uma renda extra. É o caso do César, 44 anos, morador do Habitasa que acabou perdendo tudo devido à enchente.
Segundo ele, há 20 anos vende churrasquinho para sobreviver e desta vez, vai juntar recursos para estruturar a vida. “Sustentar a família e para pagar aluguel, luz e comprar as coisas que perdi”, comentou.
Fotos de Jardy Lopes:

O idoso Francisco de Mendonça Filho, de 72 anos, sofreu um mal súbito e morreu na tarde desta terça-feira, 28, dentro do seu alojamento situado no módulo, no Parque de Exposição Wildy Viana, localizado na Rodovia AC-40, bairro Santa Helena, na região do Segundo Distrito de Rio Branco.
De acordo com informações da diretora da Assistência Social e Direitos Humanos – SASDH, Rila Frezee, o idoso chegou no parque Wildy Viana na tarde desta segunda-feira, 27, foi colocado no seu módulo juntamente com a sua família e estava recebendo todos os atendimentos necessário. Na tarde desta terça-feira, ele sofreu um mal súbito e ficou inconsciente.
Imediatamente familiares acionaram a coordenadora do parque que acionou a equipe médica que se encontrava a disposição dos desabrigados. A médica chegou ao local e encontrou a vítima no chão sem os sinais vitais, e iniciou às massagens cardíaca. A ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionada, quando os paramédicos chegaram ao local continuaram os procedimentos de reanimação por aproximadamente uns 30 minutos, mas o idoso não retornou seus batimentos cardíaco, restando apenas ao médico atestar o óbito.
A equipe médica do local chegou a informar a reportagem do ac24horas que Francisco sofria de hipertensão, diabetes e tinha um membro mutilado.
A área foi isolada pela Polícia Militar e o corpo foi retirado do abrigo por uma equipe contratada pela SASDH e levado até a funerária para os devidos procedimentos.
A Diretora da Assistência Social e Direitos Humanos – SASDH, Rila Frezee, informou a reportagem que toda assistência será dada a família desde o funeral até ao sepultamento.

A Assembleia Legislativa do Acre aprovou nesta terça-feira (28) projeto de lei enviado pelo governador Gladson Cameli retomando o Auxílio do Bem com valor de R$ 3 milhões para pagamento de R$ 300 a cada família alagada, além da antecipação de parte do 13º salário e de um terço de férias para servidor estadual afetado e definindo auxílio financeiro para municípios do Vale do Acre enfrentarem a situação.
Nas comissões, o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) disse que trata-se de uma cópia mal-feita da primeira versão do Auxílio do Bem, uma vez que o governo incluiu apenas a palavra “alagação”. Ele pediu mais recursos para o programa.
O Conselho Nacional de Política Fazenda (Confaz) deve debater no dia 31 de março o pedido do Governo do Acre autorizando medidas de ordem tributária, inclusive a prorrogação dos prazos para pagamento do ICMS a empresas afetadas pelas cheias.
Outro PL aprovado cria o cargo de Diretor-Geral Administrativo do Tribunal de Justiça do Estado do Acre.

Desde que o Rio Acre alargou pela cheia em Rio Branco, as tardes na Gameleira ganharam vida com a visita da população. Milhares de pessoas têm comparecido ao local para contemplar a beleza do rio que, na maior parte do tempo, não tem sua paisagem observada por tantos olhares atentos.
Em meio a essas pessoas, no fim da tarde de ontem, 27, estava o senhor Antônio Eduardo, de 57 anos. Além de observar as águas do rio, Antônio pescava, e disse à reportagem que mais pessoas deveriam aproveitar a beira do rio. “É gostoso desestressar um pouco. Você que está preocupado com a vida ou fazendo coisas que não é pra fazer, venha aqui dar uma pescadinha. É bom ser participante disso na vida, porque na vida não sabemos o dia de amanhã, então temos que aproveitar o hoje”, defendeu.
Antônio deu dicas para o sucesso da pescaria. A linha usada por ele é a 0.80, o anzol que recomenda é de surubim, e as tardes são excelentes para a pescaria principalmente após uma chuva. A isca usada por ele é a minhoca, mas carnes também devem funcionar.
Ao lado de Antônio, uma criança acompanhada de seu pai pescava de molinete. Os pescadores também se tornaram atração de pessoas que paravam para acompanhar a prática.
O Rio Acre, segundo os pescadores, é sim, bom de peixe. A espécie mais pescada por Antônio foi o Piranambú, peixe omnívoro de abundância em toda bacia amazônica e conhecido fora do Acre como barbado-branco. Mal visto entre muitos na região, há quem diga que o Pirarambú é o urubu das águas e se alimenta de corpos em decomposição. “Não vejo problema nenhum. Qual o peixe que não come gente morta dentro da água? Todo peixe come o que encontrar, a não ser que seja herbívoro”, disse Antônio Eduardo.
Veja o vídeo:

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