Categories: Destaque esquerdo

Partido de Feliciano vai ao Supremo contra casamento gay em cartório

Published by
Venicios

O Partido Social Cristão (PSC), legenda do deputado federal Marco Feliciano (SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, entrou nesta terça-feira (21) com ação noSupremo Tribunal Federal (STF) para pedir a suspensão de resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que obriga os cartórios de todo o país a celebrar o casamento civil e converter a união estável homoafetiva em casamento.


Feliciano é alvo de protestos desde que assumiu o comando da comissão por falas supostamente homofóbicas e racistas.


Para o PSC, cabe ao Congresso Nacional decidir sobre o tema. O partido argumenta, em um mandado de segurança, que houve “abuso de poder” ao impedir que parlamentares discutissem o tema. O mandado de segurança é um tipo de ação contra abuso de poder de autoridades públicas.


O relator do processo é o ministro Luiz Fux, que poderá suspender a regra do CNJ provisoriamente ou levar a decisão direto para o plenário do STF. Isso não tem prazo para ocorrer.


Para o PSC, a resolução do CNJ “não tem força legal” por não ter sido submetida a debates no Legislativo. “[A resolução] não foi submetida ao devido processo legislativo, sendo incluída no mundo jurídico com força de lei, mas maculada de inconstitucionalidade e vícios de formalidade. […] O CNJ usurpa atribuições dos membros do Congresso Nacional e do PSC.”


O partido diz que resoluções como a que obriga cartórios a realizarem casamento civil entre pessoas do mesmo sexo “não podem criar direitos e obrigações”.


A legenda sustenta que a Constituição estabeleceu que o casamento civil deve ocorrer entre o homem e a mulher. “Tanto para o casamento, quanto para a união estável, estabeleceu o legislador como requisito de existência a diversidade de sexos.”


Decisão do CNJ
Pela decisão do CNJ, que começou a valer no dia 16 de maio, os cartórios não poderão rejeitar o pedido, como acontece atualmente em alguns casos. Segundo o presidente do CNJ e autor da proposta, Joaquim Barbosa, que também é presidente do STF, a resolução visa dar efetividade à decisão tomada em maio de 2011 pelo Supremo, que liberou a união estável homoafetiva.


Conforme o texto da resolução, caso algum cartório se recuse a concretizar o casamento civil, o cidadão deverá informar o juiz corregedor do Tribunal de Justiça local. “A recusa implicará imediata comunicação ao respectivo juiz corregedor para providências cabíveis.”


Para Joaquim Barbosa, seria um contrassenso esperar o Congresso analisar o tema para se dar efetividade à decisão do STF.


“Vamos exigir aprovação de nova lei pelo Congresso Nacional para dar eficácia à decisão que se tomou no Supremo? É um contrassenso.”


G1


Share
Published by
Venicios

Recent Posts

Conhecimento indígena pode melhorar relação com o meio ambiente

Conhecimento indígena pode melhorar relação com o meio ambiente

Após seguidas catástrofes socioambientais causadas pela ação do homem na natureza, a busca por conhecimentos…

19/05/2024

Mulher Melão quase se afoga na praia de Barra e é resgatada por salva-vidas

Renata Frisson, a Mulher Melão, passou por um susto daqueles neste domingo (19). É que…

19/05/2024

Projeto altera o cálculo da renda para concessão do Bolsa Família

O projeto de lei 950/24 altera um dos critérios para concessão do Bolsa Família ao…

19/05/2024

Feijoada solidária no Acre visa arrecadar doações para às vítimas de enchente no RS

O Centro de Tradições Gaúchas do Acre Cel. Plácido de Castro (CTG) promove uma feijoada…

19/05/2024

Bocalom canta Cavalgada para a namorada durante festa de aniversário

O prefeito de Rio Branco Tião Bocalom fez uma declaração de amor à namorada Kelen…

19/05/2024

PM rebate Neto Brito e diz que região da boate é um dos locais onde mais se registra acidentes

A Polícia Militar do Acre emitiu nota na tarde deste domingo (19) depois que o…

19/05/2024