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Sem infraestrutura logística, importação e exportação entre Acre e Peru estão comprometidas

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Jairo Carioca – da redação de ac24horas
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O que deveria ser um encontro com intenções de prospecção e negócios no Acre se transformou na manhã de hoje (30) na sede da Associação Comercial (Acisa), em Rio Branco, no muro de lamentações da missão empresarial do Peru, que no período de 28 de abril a 03 de maio, fomenta com empresários acreanos e de Rondônia a utilização da estrada interoceânica que une a costa do pacífico até o Acre.

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Diferente do que o governo do Acre anuncia em marketing pela televisão, o pífio investimento em infraestrutura logística é a principal barreia que vem afetando a importação de produtos do Peru e surge como sério complicador na exportação de produtos brasileiros para a região.


Foi o que deixou claro a Representante das Federações das Indústrias de Arequipa (ADEPIA) Gloria Soto, ao relatar que existe um único fiscal classificador do Ministério da Agricultura e Produção Agrícola (MAPA) no Acre. “Esse fiscal sumiu, há duas semanas que os produtos estão voltando da fronteira”, acrescentou.


Na última sexta-feira, cerca de 30 toneladas de cebola comercializadas por uma rede de supermercados de Rio Branco voltou da Alfandega. A missão também relatou a falta de fiscais da Anvisa e até dificuldades de acesso na internet pela Receita Federal.


“Tudo isso ativa dificuldades, afasta o empresário que se manifesta em realizar intercâmbio comercial com o Peru ou a Bolívia, ou seja, é um problema que precisa ser resolvido urgentemente e o secretário Edvaldo Magalhães já foi informado sobre isso”, disse Jurilande Aragão, presidente da Acisa.


Enquanto o governo do Acre continua no ensaio de relações comerciais com países andinos, tem se intensificado o trafego de carretas dos estados de São Paulo e Mato Grosso, na exportação de chassis e ônibus para as cidades de Lima e Quito. A informação é de Victor Hugo Rondon, que representa o escritório comercial do Peru no Brasil – Acre.


“Semana passada passaram por aqui 15 chassis e 35 ônibus. E a partir de maio existe a intenção do transporte de soja que virá do Mato Grosso com destino ao Porto de Matari, na China”, disse Hugo.


Até esse uso da interoceânica estará comprometido caso não sejam resolvidas as relações comerciais entre os países. Segundo Nazaré Cunha, presidente do sindicato das empresas de logística e transportes de cargas do Acre, na Alfandega não existe fiscal para emitir laudo de fumigação, essencial para a liberação das cargas entre os países.


Outro problema apresentado pela representante sindical é a falta de clareza na política comercial, o que continua confundido os compradores e as negociações. Pela falta de registros dos produtos autorizados para o intercâmbio, Nazaré afirma que “muitas mercadorias já voltaram da fronteira. Também não há maior interesse porque a carreta que leva produtos brasileiros volta descarregada e vice-versa, acabando por elevar os custos dos transportes”, comentou Nazaré.


Na esperança de que tudo seja resolvido, representantes da Sierra Exportadora estão no Acre. A entidade é adjunta à presidência do Conselho de Ministros – PCM e o novo escritório econômico Comercial do Peru no Acre. Ambos coadjuvam esforços para incrementar a competitividade dos empresários que laboram acima de 2000 metros de altitude. Fernando Ego-Aquirre Lópes Albújar, que representa o governo Peruano, também acompanha a missão que amanhã cumpre agenda com empresários de Rondônia.


Entre os produtos oferecidos a rede de supermercados acreanos está o orégano, queijos maduros, granadilha (macarujá doce), azeitona e azeite de oliva. O orégano já é comercializado entre Brasil e Peru, mas através do transporte marítimo.


“Queremos encurtar essa distância utilizando a interoceânica e barateando os preços”, disse Albújar.


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O OUTRO LADO

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A assessoria de imprensa da Secretaria de Desenvolvimento Florestal, da Indústria do Comércio e dos Serviços Sustentáveis (Sedens), informou que a missão peruana esteve reunida ontem (29) com o secretário Edvaldo Magalhães.


Por telefone a reportagem conversou com o assessor especial Jair Santos. Ele citou como avanço a relação comercial que vem sendo feita pelo empresário Aden Araújo após uma missão comercial na cidade de Arequipa. Segundo Jair, em maio e junho será ampliada de 100 para 150 toneladas a importação de cebola para o Acre.


“Existem problemas que precisam ser superados e com esse aumento da demanda, fica mais fácil justificarmos em Brasília, o aumento de fiscalização na fronteira”, disse Jair.


O assessor diz que o estado ver com bons olhos a utilização da rodovia pelos empresários de São Paulo e Mato Grosso. “A rodovia foi construída para isso mesmo, para o intercâmbio comercial, cultural e estudantil”, acrescentou.


Mas entre as dificuldades, Jair Santos acabou reconhecendo a falta de cargas de retorno para as carretas que vem do Peru. Para ele, esse é um problema que tem que ser resolvido pelos empresários acreanos.


Com relação à estrutura, o assessor confirmou que o único fiscal classificador está doente. Disse ainda que dois profissionais serão treinados para suprir dificuldades futuras. Jair citou ainda que quatro órgãos federais se esforçam para garantir a boa qualidade dos serviços na fronteira.


 


 


 


 


 


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