Projeto barco-escola leva educação profissional a comunidades rurais

Os produtores rurais de 18 comunidades dos cinco municípios do Vale do Juruá farão cursos profissionalizantes relacionados a atividades da zona rural. Os cursos, ofertados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e ministrados pelo Centro de Formação e Tecnologias do Juruá (Ceflora) – pertencente à estrutura do Instituto Dom Moacyr -, são o resultado de uma emenda do deputado federal Henrique Afonso, em 2009.

Os recursos da emenda serviram também para adquirir um barco destinado ao deslocamento das equipes de técnicos e transporte de material escolar, denominado barco-escola. Ele está em terra, em recuperação e remodelação. Segundo o coordenador do projeto, Washington Moura, “no fim de maio ou começo de junho o barco estará na água”.

Os quatro cursos a serem oferecidos são: agricultura orgânica, avicultura, horticultura e meliponicultura. Os cursos, todos habilitados pelo Ministério da Educação, têm carga horária mínima de 160 horas e duram em média 40 dias. Equipe do Ceflora fez a identificação dos candidatos aos cursos nas próprias comunidades.

Nesta quarta feira, 24, foi realizado um seminário na sede do Ceflora, reunindo a equipe do barco-escola e representantes das comunidades, tendo sido apresentado o que será trabalhado nos cursos. Também se discutiu a forma de aplicação dos cursos – de forma contínua ou alternando semanas com aulas dedicadas ao trabalho na roça.

Os que concluírem os cursos receberão certificados e estarão, segundo Moura, plenamente habilitados para aplicar na sua propriedade o que aprenderam. Participam do curso homens, mulheres e jovens a partir de 16 anos. Segundo o projeto, até abril de 2014, 500 agricultores deverão estar formados em algum curso.

Moura ainda deu outra informação importante: daqui a duas semanas, no site do Instituto Dom Moacyr, deverá sair edital para contratação de pessoal para vários cursos do instituto e para cursos do projeto barco-escola. Interessados poderão conferir em www.idm.ac.gov.br.