O primeiro secretário da Câmara, deputado Márcio Bittar (PSDB-AC), manifestou, há pouco, no plenário da Câmara, solidariedade aos jornalistas Assem Neto, ex-repórter da TV Gazeta (Rede Record), Aldejane Pinto, do Sistema Público de Rádio e Televisão, em Sena Madureira, e a radialista e vereadora do PMDB em Rio Branco, Eliane Sinhasique.
Os três foram demitidos de seus respectivos empregos, segundo o site ac24horas, por veicularem notícias ou comentários que contrariaram os governantes atuais do Acre, todos do PT. “Chega de perseguição, chega de totalitarismo”, protestou Márcio Bittar, em questão de ordem levantada na sessão.
De acordo com jornalistas do Acre, a reação das autoridades petistas do Acre contra os profissionais de imprensa tem sido intensas e se intensificaram nos últimos após Tião Viana ser chamado de “o novo imperador do Acre” em reportagens em veículos de comunicação do Sul do País.
De acordo com as matérias, Viana seria uma pessoa que se irrita com facilidade e que detesta ser contrariado, a ponto de esmurrar sua mesa de trabalho, gritar com assessores e humilhar seus secretários. Colocado na parede, o secretário de Comunicação do Acre, Leonildo Rosa, se limita a negar a ingerência do Estado na demissão dos colegas.
Outro fato que deixa os profissionais indignados é a omissão do Sindicato dos Jornalistas do Acre (Sinjac). Até agora, nenhum dos demitidos recebeu solidariedade do Sinjac, cujo presidente, o fotógrafo Marcus Vicentti, se afastou das funções para integrar à campanha do atual prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre, do PT. O próprio Vicentti já foi alvo de críticas públicas do governador Tião Viana.
Procurado, Assem Neto, que agora pertence ao Grupo Rondoniagora, de Porto Velho, e tem contrato de correspondente do UOL Notícias, falou pouco. “Tudo isso é muito nojento. Me envergonho de ser acreano nos últimos 14 anos”. Sinhasique, em sua carta-despedida, evitou críticas aos patrões, mas finalizou: Saio do ar como quem não sabe de nada. Mas eu sei. A minha voz só Deus calará”.
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