Ray Melo, da redação de ac24horas
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Os deputados estaduais do bloco de oposição visitaram na tarde de terça-feira (16), o Hospital do Câncer do Acre (Unacon). A visita acontece 27 dias após as denúncias da quebra de equipamentos, falta de atendimento e falta de medicamentos que foram apresentadas por pacientes da unidade de saúde, na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac)
Na época os gestores do Unacon estiveram na Assembleia Legislativa para esclarecer as denúncias que incluíam ainda a suposta falta de concessão de Tratamento Fora de Domicílio (TFD), que estaria impossibilitando o atendimento aos pacientes de câncer que estavam sendo atendidos no hospital de Rondônia até a quebra de sua bomba de cobalto.
Os gestores confirmaram os problemas que o hospital atravessava e informaram aos deputados estaduais que todas as providências foram adotadas, assim que as falhas foram detectados. A diretora-geral do Unacon, Mirian Késia Labs pediu um prazo de 20 dias, para que os equipamentos fossem consertados e os medicamentos fossem comprados.
Na tarde de terça-feira (16), os deputados voltaram ao Unacom e constataram que os técnicos que se descolaram da Argentina, trabalhavam no conserto da bomba de cobalto. A máquina de Raio X que também apresentava defeito estava passando por manutenção e Mirian Késia informou que uma segunda máquina estaria sendo alugada para atender os pacientes.
“Apesar das dificuldades burocráticas estamos vencendo todos os problemas. Os medicamentos chegaram e temos dificuldades em adquirir apenas dois tipos de remédios para tratar os pacientes de câncer. Estas dificuldades não são apenas do hospital do Acre, outros hospitais brasileiros enfrentam este problemas, já que os medicamentos são importados”, diz Mirian Késia.
A grande dificuldade do Unacon seria pela quantidade de medicamentos que são adquiridos que seria considerada baixa pelos grandes laboratórios que priorizam as compras de grandes volumes. “Os medicamentos são caros e a validade é pequena. Não teríamos como manter um estoque grande, além de os laboratórios priorizarem os grandes compradores”, justifica Miriam Késia.
A diretora-geral apresentou aos deputados Chagas Romão (PMDB), Antonia Sales (PMDB) e Major Rocha (PSDB), uma relação completa das providências adotadas para solucionar todas as questões pendentes no Hospital do Câncer. De acordo com Mirian Késia, o atendimento aos pacientes deverá ser normalizado até a próxima segunda-feira.
“Sabemos que o câncer é uma doença que não espera. Por este motivo, estamos dobrando os esforços para que nenhum tratamento seja interrompido e nenhum paciente seja prejudicado. Até a próxima segunda-feira, nosso atendimento será normalizado e nossos pacientes voltam a ter tratamento completo próximo de suas casas e de seus familiares”, destaca Mirian Késia.
A diretora informou ainda, que teria mantido conversas com gestores da Secretária de Saúde e teria pedido um tratamento diferenciado ao Hospital do Câncer, em relação a compra de medicamentos. “Temos certas prioridades e não podemos interromper o tratamento por questões burocráticas”, destaca.
Os deputados de oposição se colocaram à disposição da gestora do Unacon e destacaram que estariam apenas cumprindo o papel de fiscalizar e reivindicar soluções dos problemas nas unidades de saúde. “As denúncias foram apresentadas pelos próprios pacientes. Reivindicamos soluções ao Governo do Acre. Este é o nosso papel”, disse Chagas Romão.