O Estado do Acre está no limite em relação aos gastos com a entrada de haitianos pela fronteira de Brasiléia com a Bolívia. Na busca de socorro diplomático, o governador do Acre, Sebastião Viana, decretou nesta terça-feira, 9, situação de emergência social para os municípios acreanos de fronteira: Epitaciolândia e Brasiléia. De acordo com o chefe do executivo, o Estado não possui mais condições de lidar com a questão da imigração descontrolada e exige do governo federal uma solução definitiva.
“O decreto é de um grito de alerta de que a situação chegou ao limite. Transbordou o suportável e nós precisamos de ajuda, e do papel institucional e constitucional do Governo Federal numa questão dessa gravidade. O governo do Acre já assumiu R$ 3 milhões em gastos. A União nos ajudou com R$ 600 mil, mas nós precisamos de uma medida definitiva”, sentenciou Sebastião.
Viana acusou o Ministério das Relações Exteriores de ser “omisso” e insésivel em relação ao caos instaurado na fronteira do Acre. “Eu diria até que ele está sendo omisso. Ao meu ver, ele deveria dialogar com Peru e Equador, onde começa a rota, e exigir o visto dos imigrantes. Se esse visto fosse exigido resolveria 90% do problema”.
Segundo dados do governo do Acre, de janeiro a abril deste chegaram no estado quase 3 mil haitianos. Imigrantes de outros países como o Senegal, Nigéria, Republica Dominicana e até Bangladesh também passaram a dividir espaços com os haitianos na fronteira.
Da redação ac24horas
Rio Branco, Acre
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