Seu nome é Aníbal Diniz! Não foi eleito, não teve um voto, não é um político conhecido no Acre e, aproveitando a indiferença e a má educação política da maioria, muitos nem sabem a razão de ele ser senador.
Pelo que tem mostrado, sem julgamento de coordenações ideológicas utilitaristas que adota, apesar da fraqueza da imagem, não é um senador medíocre na estreita acepção da palavra. Posso dizer, sem medo, que tivemos e temos piores. Atrever-me-ia a falar que, devido à eleição de certas personagens nos últimos anos, não está na fila da vergonha e da incapacidade legislativa.
Mas o que mais o destaca não é sua falta de brilho próprio, já que sempre necessitou das bússolas “vianescas” para seguir.
O que mais o marca não é sua impossibilidade de se tornar um político mais popular, pois nunca saiu das sombras que o sustentam.
O que mais lhe pontua não é a essa necessidade que demonstra de não ser uma figura livre: como se fosse querendo ser o eterno Murtosa do Felipão.
Aníbal Diniz é percebido mais amiúde quando se põe a defender algumas práticas, algumas condutas, algumas posições que por coincidência saem de seus sustentáculos. Convencido se ser este seu papel, age como se fosse o canário que choca e defende, a todo custo, os ovos alheios do Chopin.
Na questão da mudança do horário, deu-se a declarar poemas ao criador da lei. Confirmou com quase lágrimas nos olhos que isso era provas de um homem que estava na frente do seu tempo. Inconformados, os atrasados ainda esperam sua decisão nas urnas.
Na vitória para a presidência do Senado de Renan Calheiros, deu-se a dizer que as denúncias deveriam ter sido feitas antes e que o PT não tem culpa de sua eleição.
Os exemplos são muitos, basta aparecer qualquer crítica feita ao seu grupo ideológico e lá vem ele com desculpas, arrumações verbais e explicações mirabolantes que, ao invés de esclarecer, servem mais para mostrar o quanto é desproporcional a defesa que faz em relação à dependência que tem.
Politicamente seu estilo não me agrada, mas não o reduziria à figura de um mero puxa-saco de plantão. Claro que tira proveitos particulares na conservação dessa moldura. Mas não o definiria como um político sem sabor e inexpressivo: um suco de papel A4 em jejum.
Acho que Aníbal poderia ter aproveitado mais essa chance, que não duvido ser a última. Quem sabe não tenha faltado um projeto de afirmação e de identidade própria, a fim de ter construído uma carreira parlamentar mais original e autêntica.
Tivesse feito isso, talvez suas qualidades não tivessem ficado escondidas no seu pior defeito: nunca ter acreditado que longe do jardim onde nasceu, pudesse ser alguma coisa, pudesse ser mais do que isso.
Por Francisco Rodrigues Pedrosa f-r-p@bol.com.br
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