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Adriano Linhares confirma que sofreu seis estupros em presídio do Acre ao depor na sede da Polícia Federal em Brasília

Adriano Linhares


Ray Melo, da redação de ac24horas
raymelo@ac24horas.com


O acusado de fazer parte de uma agência de exploração sexual de mulhres, desmontada pela Operação Delivery da Polícia Civil do Acre, Adriano Linhares prestou depoimento nesta terça-feira (9), em Brasília, a CPI do Tráfico de Pessoas e a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados.


A oitiva aconteceu na sede da Polícia Federal. Adriano Linhares confirmou as denúncias dos seis estupros que  teria sofrido no presídio do Acre e revelou novos nomes de pessoas influentes do Estado, envolvidas com exploração sexual de menores. Os nomes serão mantidos em sigilo.


Segundo a vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputada federal Antônia Lúcia (PSC-AC), Adriano informou que na noite após ter prestado depoimento aos membros da CPI que estiveram em Rio Branco sofreu ameaças e foi coagido por pessoas ligadas a direção do sistema penitenciário do Acre.


“Ele prestou depoimento à tarde e à noite foi levado para fazer exame de corpo de delito e prestar um novo depoimento negando tudo que falou a CPI. Tudo isso sem está acompanhado de seu advogado. Ele afirma que um homem identificado como Marcelo Lopes também o coagiu”, diz Antônia Lúcia.


A vice-presidente da CDH revelou ainda, que Adriano Linhares teria denunciado que um diretor do IAPEN o teria levado a uma sala para força-lo a fazer um depoimento de acordo com orientação de outro diretor do sistema penitenciário.


“Os membros da CPI ficaram estarrecidos com o sistema carcerário do Acre. O crime maior é praticado pelo Estado que não protege o preso. Entre as ameaças que Adriano sofreu, pessoas que se diziam autoridades chegaram a dizer que se ele não desmentisse as denúncias não sairia mais do presídio”, diz Antônia Lúcia.


De acordo com a deputada acreana, o acusado pediu proteção de vida aos membros da CPI e da CDH e revelou nomes de pessoas influentes que praticam exploração sexual de menores no Acre. “O que Adriano sabe é muito importante”, diz Antônia Lúcia ao informar que as autoridades do Acre não terão acesso ao depoimento prestado na sede da Polícia Federal.


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