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SINDAP defende a criação da política de saúde mental para o servidor penitenciário

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Ray Melo, da editoria de política do ac24horas

Gleydison Meireles, da redação do AC24Horas


ggreyck@gmail.com


O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Acre (Sindap) está preparando um relatório sobre a saúde dos agentes carcereiros e servidores administrativos do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (IAPEN).


A intenção do sindicato é mostrar as precárias condições de funcionamento dos presídios acreanos e as condições insalubres que os agentes são submetidos durante a jornada de trabalho.


Adriano Marques, presidente do Sindap, revelou na manhã desta quinta-feira (4) que o relatório terá como base dados da Organização Mundial de Saúde – OMS. Entre os problemas apontados, até agora, o documento apresenta que existe um grande número de funcionários com problemas psicológicos.  


“No planeta existem aproximadamente 400 milhões de pessoas portadoras de algum tipo de distúrbio mental, que, segundo a OMS, não recebem atenção adequada dos Governos. A intenção deste relatório que estamos em fase de conclusão é apresentar dados concretos sobre a real situação dos trabalhadores do sistema prisional acreano”, esclareceu Marques, enfatizando que na maioria dos casos os problemas surgem por causa da dependência alcoólica.


“É notório que o sistema carcerário brasileiro vivencia uma crise profunda, e seus servidores são submetidos a enormes pressões cotidianamente. Aproximadamente 70% são agentes penitenciários, os quais desenvolvem atividades que geram grandes tensões, tais como: vigilância interna e externa dos estabelecimentos penais, revista em presos, funcionários e familiares, revista em volumes e objetos que são ingressados nos estabelecimentos, revista em celas, oficinas e outras dependências internas, além de escolta de presos, procuram na bebida uma fuga para essas tensões”, evidenciou o sindicalista.


Ainda segundo Adriano Marques, os agepens convivem com uma situação ambivalente, fruto de suas atribuições e por serem, também, os servidores que mantêm contato mais próximo com os presos. Esta situação perigosa pode determinar o aparecimento de doenças e distúrbios mentais e, logicamente, emocionais.


Uma pesquisa da Academia Penitenciária de São Paulo, divulgada na Folha de São Paulo, desvendou que aproximadamente 30% dos trabalhadores em presídio apresentam sinais de consumo elevado de bebidas alcoólicas e um em cada dez trabalhadores sofre de transtornos psicológicos.


“No Acre a situação em nada difere de São Paulo, portanto é necessário criar e implantar uma Política de Saúde Mental para os nossos agentes penitenciários, que deve estar intimamente relacionada com a sua valorização e a mudanças profundas em seu ambiente de trabalho. Com o relatório que apresentaremos ao governo do Estado, Ministério Público, IAPEN e outros órgãos esperamos sensibilizar o poder público quanto a necessidade de se implantar essas políticas de saúde para o operador de segurança pública”, finalizou Adriano Marques.


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