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Centro de Florestania abandonado serve de abrigo para usuários de drogas e prostituição

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Roberto Vaz

Jairo Carioca – da redação de ac24horas
jscarioca@gmail.com


Um dos prédios que deveria servir como apoio para o cadastro de trabalhadores interessados em uma das 20 mil vagas nas obras do projeto Cidade do Povo anunciadas pelo governador Sebastião Viana, está abandonado pelo poder público e a mercê da ação de usuários de drogas e prostituição.


O prédio tem a placa do SINE – Segundo Distrito, teve sua construção financiada com recursos do BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento. Situado na Avenida Chico Mendes, próximo do Estádio Arena da Floresta, a obra faz parte dos Centros de Florestania idealizados pelo ex-governador Binho Marques, que tinha como proposta “cuidar das pessoas” e ajudar no chamado “empoderamento das comunidades”.


Por enquanto, o prédio serve de abrigo para usuários de drogas e para a prostituição praticada todas as noites na Avenida Chico Mendes. Nas salas sem portas não é difícil encontrar camisinhas usadas em programas sexuais. O palco do auditório está sendo destruído e a madeira levada sabe-se lá por quem. Onde deveriam funcionar cursos profissionalizantes, restos de fezes misturam-se com papeis picados e camas feitas de papelão, usadas supostamente por dependentes químicos.


Com a estrutura comprometida, o prédio pode desabar a qualquer momento. Comerciantes localizados próximo da obra, não se lembram de terem visto a unidade funcionando.


O Centro de Florestania tinha como objetivo os serviços de mobilização pelo emprego e trabalho e estava integrado, na gestão do ex-governador, na Secretaria de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia.


Em fevereiro, quando a reportagem buscou as primeiras informações sobre o abandono do local, a secretaria de comunicação do governo informou que o Gabinete Civil estaria mobilizando entidades e secretarias que fariam o uso das instalações após uma reforma. Uma pilha de livros didáticos que estavam espalhados no auditório sumiu.


Por telefone, o diretor do Sistema Nacional de Emprego (SINE), Jair Medeiros, informou na tarde de ontem, não ter conhecimento sobre o patrimônio. Mas a placa com o nome do SINE fixada na entrada do centro não deixa dúvidas que o objetivo era que a unidade estivesse atendendo com emissão de carteira de trabalho, inscrição para cursos de qualificação, recepção do seguro desemprego e emissão do Cartão Cidadão, da CEF.


Trabalhadores que moram no Segundo Distrito e que precisam fazer cadastramento para trabalhar nas obras da Cidade do Povo são orientados a fazer uma verdadeira maratona, saindo dos bairros localizados próximo da obra, até o bairro do Bosque, onde funciona o único prédio do SINE, nas dependências da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis.


 


 


 


 


 


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